sábado, dezembro 30, 2006


Estupidez em estado bruto

Vejamos o que a grande nação brasileira tem a dizer sobre o enforcamento de um ditador lunático que tinha por hábito liquidar com armas químicas povoações inteiras:

“(...) por princípio, o Brasil é contra a pena de morte”. Muito cristão!

Além disso, [o Brasil] não acredita que a execução da sentença contribuirá para a pacificação do Iraque”. Como se a condenação de um maluco homicida tivesse por objetivo acabar com a guerra... Melhor teria sido deixar esse escroto impune, obviamente. Os sunitas agradeceriam.

A derrota de Saddam Hussein, em 2003, não resultou de uma ação autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU, único organismo multilateral com legitimidade para determinar o uso da força no plano internacional". Dependesse da ONU, Israel não mais existiria e a Turquia já seria integrante da UE. E o Irã já teria uma bomba atômica.

Independentemente da natureza ditatorial do regime iraquiano, cabe notar que a razão alegada para a invasão do Iraque --a existência de armas de destruição em massa-- nunca foi comprovada". Não importa que aquele fiadaputa tivesse liquidado centenas de milhares de pessoas (ou milhões, como apontam alguns dados), importa que a justificativa para a invasão não colou, logo não foi legítima. Tente explicar isso para os curdos massacrados: eles não são motivo suficiente para uma intervenção, apenas as tais armas (esquecendo sempre que existem métodos de destruição em massa que independem de armas de alta tecnologia).

Neste momento particularmente difícil para o Iraque, qualquer solução para a conjuntura de conflito e violência deve emanar do diálogo e do entendimento entre as forças políticas do país, e buscar a preservação da soberania e da integridade territorial iraquiana". Primeiro, discutir com fanáticos religiosos (ou ideológicos) é tão útil quanto pregar aos pássaros e peixes. E segundo, a integridade territorial já está comprometida por divisões internas (não só religiosas mas também étnicas). Em outras palavras, crime seria não apoiar os curdos do norte em sua luta por independência.

O governo dessa Banânina terceiro-mundista reproduz todos os chavões desmiolados da esquerda internacional com fina perfeição. O importante é ficar contra os terríveis estadunidenses, não importando o contexto. Estamos alinhados com: Cuba, Venezuela, Bolívia, Irã, Burundi, França, Coréia do Norte e outras ilustres republiquetas.

Tenho certeza que quando descobrirem (se descobrirem) e enforcarem (se enforcarem) o tio Bin Laden não irão faltar os comunas chorões a lamentar a morte do grande herói.

Existem apenas duas coisas infinitas - o Universo e a estupidez humana. E não tenho tanta certeza quanto ao Universo." Einstein

domingo, dezembro 24, 2006

HO HO HO






















Toscoman deseja a todos um feliz natal

quinta-feira, dezembro 14, 2006
















Boa Literatura

“É uma coisa maravilhosa essa calma da batalha. O nervosismo some, o medo voa para o vazio e tudo fica claro como cristal precioso. E o inimigo não tem chance porque é lento demais. Virei o escudo para esquerda, recebendo o golpe da lança do homem com cicatrizes, estoquei com Ferrão de Vespa, e o dinamarquês correu para a ponta da arma. Senti o impacto subir pelo braço enquanto a ponta penetrava nos músculos de sua barriga, e já estava torcendo-a, rasgando para cima e libertando-a, cortando couro, pele, músculos e tripas, e o sangue dele estava quente em minha mão fria, e ele gritou, hálito de cerveja no meu rosto, e eu o empurrei para baixo com a bossa pesada do escudo, pisei em sua virilha, matei-o com a ponta de Ferrão de Vespa em sua garganta. E então estávamos indo para frente. Uma mulher de cabelos soltos veio para mim com uma lança e eu a chutei com brutalidade, depois esmaguei seu rosto com a borda de ferro do escudo e ela caiu gritando numa fogueira em brasas. Seu cabelo solto se incendiou, luminoso como gravetos pegando fogo, a tripulação do Heahengel estava comigo, Leofric berrava para eles matarem, e matarem depressa. Esta era nossa chance de trucidar dinamarqueses que tinham feito um ataque idiota, que não haviam formado uma parede de escudos adequada, e era um trabalho de machado, um trabalho de espada, trabalho de carniceiro com ferro bom, e já havia mais de trinta dinamarqueses mortos e sete navios estavam queimando, as chamas se espalhando com uma velocidade espantosa”.

Bernard Cornwell é um skald dos tempos modernos. O último livro tem como pano de fundo as invasões vikings do século IX contra os saxões da Inglaterra, e, como sempre, a reconstrução do período histórico em questão é impecável. Também é uma biografia não ortodoxa de Alfredo, o Grande, que na visão do autor não era tão grande assim. Humor negro, violência medieval, sacrilégio, devassidão: Viking pra caralho!

PS: Pra variar, a edição brasileira fudeu com a arte de capa, normalmente feita sob indicação do próprio autor. O mesmo que fizeram com a trilogia arturiana: colocaram uns desenhozinhos infantilóides para atrair a atenção de jogadores de RPG o que, tenho certeza, deve funcionar. Cuspo no prato em que comi: RPG, pior!, jogadores de RPG são um saco.

segunda-feira, dezembro 11, 2006



Revolução Infernal

Enviado pelo camarada Grupis

Lênin morreu e foi pro inferno. Pouco tempo depois, as coisas começaram a ficar infernais lá. Os carrascos já não queriam mais torturar, pois começaram a reclamar que queriam receber hora-extra. Os foguistas também, pois queriam receber adicional de insalubridade. Então houve uma grande greve no inferno. Aí o demônio, puto da vida, pegou o Lênin e o levou lá pro céu. Bateu na porta do céu.- Quem é? respondeu São Pedro- Aqui é Lúcifer. Este indivíduo aqui, o Lênin, está fazendo da minha eternidade um inferno. Então vim trazer ele aqui para Deus tomar conta, enquanto eu boto ordem lá no meu reino. Depois venho buscar ele.

Aí o diabo voltou para o inferno e começou a botar ordem na casa. Cortou os chifres de alguns, deu algumas chibatadas e punições a outros, botou os demonhozinhos na linha. E então a paz voltou a reinar no inferno.Alguns dias depois, o diabo foi buscar o Lênin lá no céu. Bateu na porta do céu.- QUEM É? Respondeu São Pedro, com um tom de voz de quem não estava muito para amigos- Ô São Pedro, aqui é o Satanás. Deixei o Lênin aqui para Deus tomar conta enquanto eu restaurava a ordem no inferno e agora vim buscar o Lênin e leva-lo de volta.

São Pedro respondeu:
- EM PRIMEIRO LUGAR: É CAMARADA PEDRO.
- EM SEGUNDO LUGAR: DEUS NÃO EXISTE.
- EM TERCEIRO LUGAR: ESTAMOS EM GREVE.

BLAM!

quarta-feira, novembro 22, 2006




















Por razões de felicidade maior, este blog ficará inativo por tempo indeterminado.

=o]

terça-feira, novembro 21, 2006


Da série ctrl+c ctrl+v

OS CAUSO DAS ESCRITURA
conto de Sérgio Jockymann
roubado indevidamente do blog do Cristaldo

"Pois não sei se já les contei os causo das Escritura Sagrada. Se não les contei, les conto agora. A história essa é meio comprida, mas vale a pena contá por causa dos revertério. De Adão e Eva acho que não é perciso contá os causo, porque todo mundo sabe que os dois foram corrido do Paraíso por tomá banho pelado numa sanga.

Naqueles tempo, esse mundaréu todo era um pasto só sem dono, onde não tinha nem dele nem meu. O primeiro índio a botá cerca de arame foi um tal de Abel. Mas nem chegou a estendê o primeiro fio porque levou um pontaço no peito do irmão dele, um tal de Caim, que tava meio desconforme com a divisão. O Caim, entonces, ameaçado de processo feio, se bandeou pro Uruguay. Deixou o filho dele, um tal de Noé, tomando conta da estância.

A estância essa ficava nas barranca de uma corredera e o Noé, uns ano despois, pegou uma enchente muito feia pela frente. Cosa munto séria. Caiu uma barbaridade de água. Caiu tanta água que tinha até índio pescando jundiá em cima de cerro. O Noé entonces botou as criação em cima de uma balsa e se largou nas correnteza, o índio velho. A enchente era tão braba que quando o Noé se deu conta a balsa tava atolado num banhado chamado Dilúlvio.

Foi aí que um tal de Moisés varou aquela água toda com vinte junta de boi e tirou a balsa do atoleiro. Bueno, aí com aquele desporpósito, as família ficaram amiga. A filha mais velha do Noé se casou-se com o filho mais novo do Moisés e os dois foram morá numa estância muito linda, chamada estância da Babilônica. Bueno, tavam as família ali, tomando mate no galpão, quando se chegou um correntino chamado Golias, com mais uns trinta castelhano do lado dele. Abriram a cordeona e quiseram obrigá as prenda a dançá uma milonga.

Foi quando os velho, que eram de muito respeito, se queimaram e deu-se o entrevero. Peleia braba, seu. O correntino Golias, na voz de vamos, já se foi e degolou de um talho só o Noé e o velho Moisés. E já tava largando planchaço em cima do mulherio quando um piazito carretero, de seus dez ano e pico, chamado Davi, largou um bodocaço no meio da testa do infeliz que não teve nem graça. Foi me acudam e tou morto. Aí a indiada toda se animou e degolaram os castelhano. Dois que tinham desrespeitado as prenda foram degolado com o lado cego do facão. Foi uma sanguera danada. Tanto que até hoje aquele capão do Mar Vermelho.

Mas entonces foi nomeado delegado um tal de major Salomão. Homem de cabelo nas venta, o major Salomão. Nem les conto! Um dia o índio tava sesteando quando duas velha se bateram em cima dum guri de seus seis ano que tava vendendo pastel. O major Salomão, muito chegado ao piazito, passou a mão no facão e de um talho só cortou as velha em dois. Esse é o muito falado causo do Perjuízo de Salomão que contam por aí.

Mas, por essas estimativas, o major Salomão, o que tinha de brabo tinha de mulherengo.

Eta índio bueno, seu. Onde boleava a perna, já deixava filho feito. E como vivia boleando a perna, teve filho que Deus nos livre. E tudo com a cara dele, que era pra não havê discordância. Só que quando Deus nosso Senhor quer, até égua véia nega estribo. Logo a filha das predileção do major Salomão, a tal de Maria Madalena, fugiu da estância e foi sê china de bolicho. Uma vergonhera pra família. Mas ela puxou a mãe, que era uma paraguaia meio gaudéria que nunca tomo jeito na vida. O pobre do major Salomão se matou-se de sentimento, com uma pistola Eclesiaste de dois cano.

Mas, vejam como é a vida. Pois essa mesma Maria Madalena se casou-se três ano despois com um tal de coronel Ponciano Pilatos. Foi ele que tirou ela da vida. Eu conheço uns três caso do mesmo feitio e nem um deles deu certo. Como dizia muito bem o finado meu pai, mulher quando toma mate em muita bomba, nunca mais se acostuma com uma só. Mas nesses contraproducente, até que houve uma contrapartida. O coronel Ponciano Pilatos e a Maria Madalena tiveram doze filho, os tal de aposto, que são muito conhecido pelas caridade que fizeram. Foi até na casa deles que Jesus Cristo churrasqueou com a cunhada de Maria Madalena, que despois foi santa muito afamada. A tal de Santa Ceia.

Pois era uns tempo muito mal definido. Andava uma seca braba pelos campo. São José e a Virge Maria tinham perdido todo o gado e só tavam com uma mula branca no potrero, chamada Samaritana. Um rico animal, criado em casa, que só faltava falá. Pois tiveram que se desfazê do pobre. E como as desgraça quando vem, já vem de braço dado, foi bem aí que estouraram as revolução.

Os maragato, chefiado por uma tal de coronel Jordão, acamparam na entrada da Vila. Só não entraram porque tava lá um destacamento comandado pelo tenente Lazo aquele mesmo que por duas vez foi dado por morto. Mas aí um cabo dos provisório, um tal de cabo Judas, se passou-se pros maragaro e já se veio uns tal de Romano, que tavam numas várzeas, e ocuparam a Vila.

Nosso Senhor foi preso pra ser degolado por um preto muito forte e muito feio chamado Calvário. Pois vejam como é a vida. Esse mesmo preto Calvário, degolador muito mal afamado, era filho da velha Palestina, que tinha sido cozinheira da Virge Maria. Degolador é como cobra, desde pequeno já nasce ingrato. Mas entonces botaram Nosso Senhor na cadeia, junto com dois abigeatário, um tal de João Batista e o primo dele, Heródio dos Reis. Os dois tinham peleado por causo de uma baiana chamada Salomé e no entrevero balearam dois padre, monsenhor Caifás e o cônego Atanásio.

Mas aí veio uma força da Brigada, comandada pelo coronel Jesus Além, que era meio parente do homem por parte de mãe e com ele veio mais três corpo de provisório e se pegaram com os maragatos. Foi a peleia mais feia que se tem conhecimento. Foi quarenta dia e quarenta noite de bala e bala.

Morreu três santo na luta: São Lucas, São João e São Marco. São Mateus ficou três mês morre não morre, mas teve umas atenuante a favor e salvou-se o índio. Nosso Senhor pegou três balaço, um em cada mão e um que varou os pé de lado a lado. Ainda levou mais um pontaço do mais velho dos Romanos, o César Romano, na altura das costela. Ferimento muito feio que Nosso Senhor curou tomando vinagre na sexta-feira da paixão. Mas aí, Nosso Senhor se desiludiu-se dos home, subiu na Cruz, disse adeus pros amigo e se mandou-se de volta pro céu. Mas deixou os dez mandamentos, que são cinco e que se pode muito bem acolherá em dois: não se mata home pelas costa, nem se cobiça mulher dos outros pela frente. "

Imagem: Molina Campos, bem apropriado.. rsrs

sexta-feira, novembro 17, 2006


MST WATCH – Gadanha neles

Acabei de ver no Jornal Nacional um sem-terra agredir um brigadiano com uma enorme gadanha. Deprimente ver um policial armado, cumprindo ordem judicial, caído no chão enquanto os colegas não podiam fazer nada além de assistir a cena.

Qualquer cidadão normal que bater em um policial, com ou sem foice, vai pra cadeia no ato e sem conversa. O mesmo não sucede aos bandoleiros do MST, que podem invadir propriedade, destruir patrimônio e agredir policiais e civis em absoluta e vergonhosa impunidade.

Imagem: O uso de gadanhas, foices e enxadas é uma constante nas manifestações do MST, seja na cidade, seja no campo. Difícil crer que em algum lugar civilizado se permita tal absurdo. Vale lembrar que foices e gadanhas não são mais usadas como instrumentos para agricultura nem pelo mais miserável colono.

quarta-feira, novembro 15, 2006


MST WATCH – Onde há fumaça… Há MST!

Um incêndio de grandes proporções atinge uma área de floresta de pínus em Balneário Pinhal, no Litoral do Rio Grande do Sul. O fogo começou na tarde de ontem (13, segunda-feira) e os bombeiros passaram a madrugada tentando conter as chamas.”

Nós chegamos aqui e tinha mais de dez focos de incêndio. Isso quer dizer que foi um incêndio provocado, possivelmente foi de origem criminosa”, major Guido Pedroso, comandante dos bombeiros.

O MST recomeçou esta semana as atividades no estado, depois de certa inação durante as eleições.

A prática incendiária não é totalmente desconhecida deste grupelho protoguerrilheiro.

Algumas opiniões de próceres do MST sobre reflorestamento e monocultura:

"Não aceitamos que uma monocultura que não sustenta o povo, não dá alimento, possa ser considerada produtiva"
Valmir Assunção, da direção estadual do MST na Bahia

“Queremos que a terra cumpra sua função social. Somos contra qualquer tipo de monocultura"
João Paulo Rodrigues, diretor nacional do MST

“Alguém já comeu eucalipto, alguém já comeu papel?”
Adivinhem quem..? o velho Stedile, claro.. Não me impressiona o fato do ilustre senhor não reconhecer a importância do papel. Acredito que ele faz apenas aquele uso eventual do papel ao qual todos nós, em algum momento do dia, somos obrigados a fazer.

“É muita coincidência pra ser mera coincidência”
Zé Colméia

Imagem: Alguém ainda lembra da destruição da Aracruz?

sábado, novembro 11, 2006


Nossos Comunas

Ouvi dizer que ela curte perfumes caros, carros importados e cremes de primeira linha. Só usufrui o que de melhor o capitalismo tem a oferecer nos limites de seu poder aquisitivo, que parece não ser desprezível. Tenho certeza que essa Manuela D´Ávila, como militante e candidata do PCdoB, o partidão que até início dos anos 90 ainda era stalinista, deve alimentar grandes simpatias pela ex-URSS, China e Cuba. Talvez até pela República Democrática e Popular da Coréia do Norte.

Como ela viveria nestes lugares? Em Cuba ela limparia a bunda com jornal do dia anterior, na China não poderia manifestar seu pensamento e na antiga União Soviética seria mandada pra algum Gulag por transpirar ares de burguesia. Essa gente não faz sentido.

Enquanto isso, no Rio de Janeiro, adolescentes comunistas sem muita coisa na cabeça fizeram protesto na frente da casa de uma velha que teve a petulância de balear um assaltante antes que ele fizesse algo parecido ou pior com ela. Com cartazes estúpidos como “todo camburão tem algo de navio negreiro”, “governo escravocrata”, “Estado genocida” e um brucutu desmiolado berrando num megafone “palavras de ordem”, a turba foi descendo a rua exercendo seu sagrado direito à baderna. Vou mandar a algum líder de quadrilha o nome e endereço dos manifestantes, avisando que estes não oferecerão nenhum tipo de resistência e talvez até colaborem durante o assalto.

Imagem: Nossa comunista petit borghese..

quinta-feira, novembro 09, 2006


Mauerfall

9 de novembro de 1989. Há 17 anos caia o muro que dividia um país em uma ditadura comunista e uma democracia liberal. Tenho certeza de que na época muitos acharam que marreteando o maldito muro estavam também demolindo a ideologia totalitária que mais massacrou durante o século XX. Vã esperança.

O comunismo de Estado deu uma “mexida” no visual e conseguiu sobreviver em uma versão socialista mais light que vingou em todo mundo, principalmente no populismo latrino-americano e na social-democracia européia. Que já existissem estas orientações durante o período onde o comunismo gozou de maior vitalidade, eram sempre tratadas com desdém pelos “verdadeiros comunistas revolucionários”. Agora estas tendências abraçam desde os tais “esquerdistas liberais” até os mais fanáticos marxistas, que aceitam o fato de que talvez a esperada revolução tenha de vir por vias mais democráticas e demoradas.

Não importa se o que se prega é uma social-democracia previdenciária ou um comunismo estatal autoritário, ao fim de ambos os processos o Estado estará transformado em um monstro incontrolável e as liberdades oriundas do liberalismo estarão comprometidas. Mas é algo que ninguém parece perceber, ou, se percebe, não se importa. O muro ainda existe nas mentes de muitos.

No Youtube

Imagem: Cristaldo arrebentando der mauer rsrs

segunda-feira, novembro 06, 2006


Tucanato = Petismo = Socialismo Tardio

Eu vivo batendo no autoritarismo petista e no asco que essa gente tem de qualquer forma de liberdade. O Orkut e a blogosfera, já faz algum tempo, está na mira dessa corja. Agora temos a contribuição do tucanato ao insipiente autoritarismo bananesco. Como sempre digo, é medida inócua, sem possibilidade de ser efetivada e dificilmente passará pelo Congresso, mas serve para trazer à luz as idéias de democracia desta canalha de Brasília.

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado votará, na próxima quarta-feira, um projeto de lei que obriga a identificação dos usuários da internet antes de iniciarem qualquer operação que envolva interatividade, como envio de e-mails, conversas em salas de bate-papo, criação de blogs, captura de dados (como baixar músicas, filmes, imagens), entre outros.”

Este blog vive no limiar da clandestinidade. Se existem motivos para se temer o anonimato, mais ainda existem quando se quer suprimi-lo. Mas, como diriam os espanhóis d´outrora, no passarán!

O acesso sem identificação prévia seria punido com reclusão de dois a quatro anos. Os provedores ficariam responsáveis pela veracidade dos dados cadastrais dos usuários e seriam sujeitos à mesma pena (reclusão de dois a quatro anos) se permitissem o acesso de usuários não-cadastrados. O texto é defendido pelos bancos e criticado por ONGs (Organizações Não-Governamentais), por provedores de acesso à internet e por advogados.”

Acabaram os hot points, cybercafés, lan houses, enfim, o acesso de lugares públicos? Que coisa absolutamente cretina. Acho que nem os chineses, cubanos e norte-coreanos foram a tanto.

Não só: “O projeto passa a considerar crime acessar indevidamente a internet por computador, por telefone celular e até por intermédio da televisão.”

É o Império do Absurdo. Estão transformando nerds, jornalistas independentes, artistas, profissionais liberais em perigosos elementos subversivos!

A notícia na folha
Comentários no Nova Corja

Imagem: Orwell vive!!

O samba da mais-valia

Mercadoria é alienação
Trabalho, salário a danação


Pra quem não gosta de samba e não compartilha a visão de mundo marxista, como eu, pode ser ou uma experiência de expiação dos pecados através da dor lancinante ou, ao contrário, um momento de pura diversão oferecida pela cretinice chamada “arte engajada”.

"é mais-valia pra cá
é mais-valia pra lá"
...

Eu não consegui assistir essa merda até o fim. rsrs

Imagem: a musa do samba sociológico mandando ver na teoria da mais-valia. E o cu cai da bunda.

quinta-feira, novembro 02, 2006


Do monopólio

Há sérias razões para se duvidar que, mesmo naqueles casos em que o monopólio é inevitável, o melhor meio de controlá-lo é entregá-lo ao Estado. Se uma única indústria estivesse em questão, isso talvez fosse verdade. Quando, porém, se trata de muitas indústrias monopólicas, é preferível deixá-las nas mãos de indivíduos diferentes a reuni-las sob o controle único do Estado. Ainda que as estradas de ferro, os transportes terrestres e aéreos ou o abastecimento de gás e eletricidade fossem necessariamente monopólicos, a posição do consumidor seria sem dúvida mais forte enquanto tais setores continuassem constituindo monopólios separados, do que se fossem “coordenados” por um controle estatal.

O monopólio privado raramente é total e ainda mais raramente tem longa duração ou está em condições de desprezar a concorrência em potencial. Mas um monopólio do Estado é sempre um monopólio protegido pelo Estado - protegido contra a concorrência em potencial e contra a crítica efetiva. Isso significa que, na maioria dos casos, se concede a um monopólio temporário o poder de assegurar para sempre sua privilegiada posição – poder que, com certeza, não deixará de ser usado. Quando o poder que deveria refrear e controlar o monopólio passa a proteger e defender os que dele legalmente desfrutam; quando, para o governo, pôr fim a um abuso é admitir sua própria responsabilidade no caso; e quando a crítica dos atos do monopólio implica uma crítica ao governo, é improvável que o monopólio venha servir à comunidade. Um Estado envolvido de todas as formas na administração de monopólios, ainda que detivesse um poder esmagador sobre o indivíduo, seria ao mesmo tempo um Estado fraco no que concerne à liberdade de formular sua política. O mecanismo do monopólio se identificaria com o mecanismo do Estado e este, por sua vez, se aliaria cada vez mais com os interesses dos dirigentes, em prejuízo dos interesses do povo em geral.

Nos casos em que o monopólio é de fato inevitável, é provável que a estratégia há pouco preferida pelos norte-americanos, de um forte controle estatal sobre os monopólios privados ofereça, quando aplicada de maneira coerente, resultados mais satisfatórios do que a administração direta pelo Estado. Assim parece suceder, pelo menos, quando o Estado impõe um rigoroso controle de preços que não deixa margem para lucros extraordinários de que outros, além dos monopolistas, possam participar. Mesmo que em conseqüência disso os serviços prestados pelas industrias monopólicas se tornassem menos satisfatórias, seria um preço muito pequeno a pagar em troca de um controle eficaz dos poderes do monopólio. Essa estratégia, que não tardaria a tornar a posição do monopolista a menos vantajosa entre todas as atividades empresariais, também seria extremamente útil para restringir o monopólio às áreas em que é inevitável e para estimular a criação de substitutos que possam ser oferecidos de forma competitiva. É só fazer com que a posição do monopolista volte a ser a do bode expiatório da política econômica, e ficaremos surpresos ante a rapidez com que a maioria dos empresários mais hábeis recuperará o gosto pela estimulante atmosfera da concorrência
!”.

A reprodução deste relativamente longo trecho de Friedrich Hayek sobre monopólios se justifica como introdução a algumas considerações que pretendo fazer sobre a demonização que o processo de privatizações vêm sofrendo em nosso país em detrimento de uma primazia pelo estatal. Vende-se a idéia de que quando um setor da economia ou grande indústria pertence ao Estado, por conseqüência pertence ao povo. Fica lindo em um discurso confundir Estado com Nação, mas na prática esta integração harmoniosa não acontece, e o monopólio estatal, que se perpetua indefinidamente, tende a reduzir o consumidor, o povo, a um estado servil. O Estado não deve, ou não deveria ser um interessado, mas um ente regulador e o mais imparcial possível, parcialidade esta que é comprometida quando a burocracia oficial adentra o realidade do mercado realizando concorrência predatória ou liqüidando de vez a concorrência, instituindo um monopólio que oferece um serviço de má qualidade. Sintomático um aluno de universidade federal custar 4 ou 5 vezes o valor de um estudante em universidade particular.

Como se depreende do texto, o monopólio é uma situação atípica, pode mesmo ser considerada um desvirtuamento do mercado, e é necessário algum tipo de mecanismo para tornar a situação monopólica a mais desconfortável possível. O encarregado da tarefa de controlar tais monopólios, por excelência, é o Estado. Seja através do controle de preços ou estímulo da concorrência, cabe a esta entidade estabelecer e aplicar um ordenamento jurídico que determine limites em uma economia de mercado (a chamada economia de livre mercado não sugere inexistência de normas, e apenas os detratores do liberalismo interpretam desta forma), onde situações anômalas como a protagonizada neste post possuem lugar de honra.

Desnecessário, depois do trecho reproduzido e dos comentários subseqüentes, arrolar as dificuldades causadas quando o monopolizador é o próprio Estado. Atualmente, quando quase a totalidade da nação demonstra total ojeriza ao processo de privatizações estão favorecendo, em contrapartida, a formação de um processo contrário de estatização. Que não exista ainda tal processo, o terreno ao menos está sendo bem trabalhado neste sentido, e quando eventuais medidas de estatização forem efetivadas decerto o impacto não será muito grande. O subconsciente popular já aceita, por exemplo, que após o término de um curso superior qualquer o estágio seguinte seja justamente a busca por um emprego tutelado pelo Estado através de concurso público, enquanto a iniciativa privada, individual, anda cada vez mais marginalizada. O Estado é o pai dos pobres, da classe média mamadora e dos ricos, e o ônus desta política recai sobre aquelas poucas almas empreendedoras de nosso país: pequenos e médios produtores rurais, micro, pequenos e médios empresários, profissionais liberais e todos aqueles que ousam tocar seu destino sem correr a uma teta deste Estado-monstro.

Imagem: Para ser "neoliberal" no Brasil basta não ser simpatizante de guerrilhas armadas e Estados totalitários. Aqui o mais descarado social-democrata recebe a pecha de fascista. Mais grave é a situação dos que se dizem liberais ou libertários, estes são nazistas mesmo. A mentalidade do fanatizado me intriga.

quarta-feira, novembro 01, 2006


Balanço dos primeiros dias de governo

*Tribunal de Justiça envia ao STF pedido de prisão preventiva de Paloffi. Podia ser feito antes, mas talvez não pegasse bem para o sapo barbudo; __

*Fenaj justifica agressões de militantes petistas contra jornalistas alegando que estes “provocam”, ou em termos mais claros, merecem. A turba gritava pelo fim dos jornais; __

*Política de altos juros com recordes no setor bancário: Itaú com mais de umpontoqualquercoisa bilhão de lucros em um trimestre. Lucro, claro, anunciado após término das eleições. Lula, pai dos pobres.. banqueiros! __

*CPIs congeladas. Vai uma pizza?

* Apedeuta manda um “para-te-quieto” em Tarso. É sempre divertido esses rachas internos no Partido. __

*Aumenta o teor de álcool na gasolina. Já é uma merda, mas sempre pode ficar pior. Bom para os usineiros. __

*A Petrobrás perdeu, Evo Morales ganhou. Agora ele está pedindo, educadamente, lógico, as duas grandes usinas da estatal no país. Bom, ele já tinha dito que o grande e temível exército bugre estava pronto para invadir as instalações, e que nenhum tipo de indenização seria paga no caso de alguma recusa por parte do Brasil. Melhor doar mesmo. E a culpa de tudo é do Bush.

Imagem: Já é um clássico.. "Que ifo companhêro Efo!"

terça-feira, outubro 31, 2006


Com a palavra, Clodovil, o parlamentar

"Evidente que foi (armado) pelos próprios americanos (o atentado de 11 de setembro), não seja idiota, é como o holocausto, você acha que não tinha nenhum judeu manipulando isso por debaixo do pano?".

“Quando houve aquele incidente com as torres gêmeas lá não tinha americano nenhum e nem judeu".

“Pela primeira vez os americanos vão passar sufoco por causa desse aviãozinho. Cento e tantas pessoas morreram por um acidente que foi causado por essa pretensão que eles têm de invadir o mundo como se fossem o centro do universo", sobre o acidente aéreo causado por um pequeno jato pilotado por americanos. Eles estavam nos invadindo.

“Na última vez que tive lá (EUA) tinha um crioulo, no sentido pejorativo mesmo, cheio de complexo por coisas dele, eu não tenho nada com isso, que implicou comigo na Alfândega".
Parece que o viadinho tem um histórico de racismo por ter chamado uma vereadora petista de "macaca de tailleur metida à besta”. Ele tem criatividade. Reparem que o cidadão alimenta duas das mais célebres teorias conspiratórias esquerdistas.

Algo me diz que o Congresso não teve grandes melhoras.

Íntegra

Imagem: Clodovil with lasers!

segunda-feira, outubro 30, 2006

Enquanto a festa da democracia acontecia...

Espie aqui.

sexta-feira, outubro 27, 2006


Muros e “muros”

Ontem, vendo o noticiário, me aparece o presidente mexicano fazendo aquela infeliz mas muito freqüente (principalmente no meio acadêmico) comparação entre a cerca de fronteira que divide os EUA do México com o famigerado der Mauer - o Muro de Berlim. Existe uma diferença fundamental entre os dois muros que nunca é considerada por motivos de conveniência: o primeiro é feito para evitar a entrada ilegal de indivíduos em um país e o outro para evitar que indivíduos deixassem um país. O primeiro é uma forma legítima de tentar controlar o enorme fluxo de pessoas que tentam buscar melhores condições de vida no país em questão, mas de forma irregular, e o segundo foi construído em um contexto ditatorial onde as pessoas eram impedidas de abandonar o país em praticamente quaisquer circunstâncias sem aprovação de um burocrata do Partido.

E depois nos jogam estatísticas: “o muro da vergonha” teria matado mais do que o comunista. Não se considera, porém, que dentro da RDA havia também outros muros e cercas que impediam os cidadãos de se locomoverem com liberdade dentro de seu próprio país, e que pessoas também morriam nestes lugares. Sem contar que as mortes ocorridas na fronteira americana em sua esmagadora maioria são ocasionadas não por execuções, mas por desidratação - mero detalhe. O contexto é completamente diferente.

Já vi maluco defender a tese de que o muro é uma clara demonstração de racismo, pois a mesma medida não está sendo efetivada no Canadá, mas essa teoria nem vale a pena comentar. Prova maior de racismo foi dada pelo xerife Bush, que pretendia anistiar todos os ilegais do país.

Por fim, a lógica me faz crer que os opositores do muro acreditam que todos devem ter seu direito de ir e vir desimpedido mesmo em um contexto internacional, pois se a regra é válida para os chicanos que tentam invadir os EUA, porque não seria válida para outros lugares, right? Eu sempre achei esse negócio de aduana, visto, passaporte um saco, mesmo. Odeio burocracia. Vamos liberar geral nas fronteiras e implementar essa tal de globalização de uma vez!

Europa, aqui vou eu!

Aos que sentem necessidade de se insurgir contra muros, pesquise sobre o muro de 2.000 km protegido por mais de um milhão de minas construído pelo Marrocos separando o nada (Saara Ocidental) e o lugar nenhum (Argélia), e que serve apenas para manter o povo saharaui sob controle. Este sim, um muro que merece todos os ódios.

Off topic: o assunto poderia ser matéria para uma discussão psico-antropo-filosófica sobre a relação amor e ódio com o Grande Satã do Norte, que todos odeiam de morte ao mesmo tempo em que sonham com sua cidadania ou vivem seu repgnante estilo de vida. Mais ou menos como em Roma. rsrsrsrs O que me lembra aquele universitário que cursa História ou Sociologia e, enquanto come um hambúrguer e toma uma Coca-Cola no restaurante fast-food do shopping center próximo de sua casa, desce o cacete nesse terrível imperialismo que só fez trazer desgraças ao mundo. Depois vai pra casa tocar um rock´n´roll com sua banda cover e ver filmes blockbuster hollywoodianos. Verdade que agora existe uma vertente de odiadores mais sofisticada, que se dedica a ler literatura russa e assistir cinema iraniano. Mas ainda curtem um rockão, All Star e tecnologia da era espacial. rsrsrs...

Imagem: um típico espécime ocidental dos anos 80 arrebentando a porra do muro sob o olhar da comunalha lá do alto. A merda do muro caiu faz mais de 15 anos e há os que ainda não notaram!

quinta-feira, outubro 26, 2006


Enquanto isso..

Aqui no estado, Yoda, que surpreendeu todo mundo vencendo o primeiro turno, está despencando nas pesquisas ao mesmo tempo em que o bigodudo está subindo. Dizem que isso é resultado da propaganda meio sacana que prega o do bigode como um “gaúcho autêntico” e a tucana como paulista e estrangeira (o ufanismo dessa terra sempre me impressiona). E também por deixar a entender que um partido de oposição no governo do estado vai prejudicar o povo gaúcho.

Besteiras. Mesmo que exista alguma contribuição da propaganda, a causa maior para a progressiva queda de Yoda é da própria Yoda, que foge dos debates como diabo foge da cruz. Isso e aquele vice oportunista que vive a falar merda. E não parece improvável que, na prática, ele assuma mesmo as rédeas do governo (coisa parecida aconteceu aqui em Pelotas, minha cidade).

Assim sendo, não é improvável que tenhamos, novamente, uma bandeira de Cuba na janela do Piratini, invasão de terra sob auspícios do governador, depredação do patrimônio público promovido por burocratas ligados ao gabinete (lembram do relógio dos 500 anos?), um secretário de segurança que pretendeu fazer com que brigadianos parassem de usar coturnos (“símbolo de opressão”), desarticulação da Brigada Militar através da transferência de seus oficiais e, por último mas nem por isso menos importante, a velha e sempre presente ojeriza ao “Grande Capital” (ou melhor, qualquer capital não vinculado ao Estado), cujo símbolo maior é aquela famosa montadora que hoje fomenta a economia de uma região da Bahia.

E isso não vai acontecer por conta de algum "Joseph Goebbels" do petismo gaúcho, mas por pura incompetência e covardia dessa senhora que, por algum motivo, evita debates e não consegue manter seu vice na linha.

É foda.

Imagem: Nossa Yoda não tem “a Força”.

quarta-feira, outubro 25, 2006


Iraque com cheiro de Vietnam

A mais nova bandeira dos pacifistas (pacifakes, na verdade) é a saída do Grande Satã estadunidense do Iraque, pois é uma evidente violação da soberania de um país independente.

Sem entrar no mérito de ter sido ou não justa a invasão, sair de lá neste momento significa dar a chance para algum grupelho sectário religioso assumir a direção do Estado e instituir alguma teocracia ao melhor estilo Taleban, com conseqüências desastrosas para toda região e mesmo para outros lugares do planeta (vai virar outro pólo exportador de terrorismo, por enquanto é importador). Os mesmos pacifistas que hoje demandam por este abandono dos iraquianos serão os mesmos que em futuro próximo irão culpar os gringos por terem derrubado o governo de um déspota assassino para logo depois abandoná-los a própria sorte. É curta a memória das gentes.

De qualquer maneira, democratizar aquela pocilga sempre me pareceu trabalho impossível, e a permanência indefinida é por demais custosa para o contribuinte norte-americano. O dilema só pode ser resolvido com alguma setorização ou descentralização do poder, principalmente reconhecendo a soberania dos curdos do norte.

Um amigo me perguntou se eu achava que os gringos iriam perder a guerra. Já perderam, respondi. Guerra moderna se vence quando objetivos pré-estabelecidos são conquistados. A justificativa para guerra não deveria ser “armas de destruição em massa”, que por sinal não existiam, mas a derrubada de um ditador sanguinário. A pretensão de “democratizar” a barbárie estava fadada ao fracasso desde sempre, mas foi colocada como O objetivo. As sanções da ONU durante o entre-guerras foram mais nefastas à população civil do que ao regime. Enfim, os nego fizeram tudo errado e vão pagar uma conta salgada pela incompetência. O Vietnam do século XXI também fica no Oriente, mas no médio.

Imagem: E ainda é capaz de virar mártir de país oprimido.

terça-feira, outubro 24, 2006


“Elitizaram” as armas de fogo

Lembram do referendo sobre o “desarmamento”? Já faz um ano desde que a população votou contra o tal desarmamento, que na verdade não era sobre desarmamento propriamente dito, mas sobre comércio de armas de fogo. Desarmado o povo iria ficar de qualquer jeito dependesse do Estatuto. E a comercialização de armas era apenas um trecho desta lei. Confuso?

De acordo com o tal Estatuto o porte de armas foi totalmente vetado (alguém pode tentar dizer que “não está vetado, apenas quem emite agora a licença para porte é a Policia Federal”, o que em outras palavras significa exatamente isto, que está vetado), é necessário pagar uma taxa a cada três anos (300 pila) para manter este registro (que dependendo das condições do sujeito pode ser meio salgada), para fazer o registro o sujeito precisa provar que ela (a arma) é efetivamente necessária, para se fazer segunda via de documento relacionado cobra-se valor absurdo, enfim, tenta-se fazer o que o próprio nome do Estatuto deixa a entender: desarmar a população civil.

Deu na ZH que quase 1 milhão de cidadãos gaúchos estão prestes a entrar na clandestinidade devido à nova situação, que torna seus registros irregulares caso não se submetam ao novo regulamento, e a perspectiva, bastante real, de perderem suas armas frente à sanha de burocratas é fator a ser considerado antes de se adequar à nova lei.

O povão, que votou contra o desarmamento será desarmado, e apenas os que possuem condições de arcar com os custos para manter uma arma de fogo irão fazê-lo. Em outras palavras, ou o povão passará à clandestinidade com armas irregulares (sob pena de prisão e multa) ou entregará seus meios de defesa aos burocratas do Estado. O governo atual, conhecido por ser “defensor dos pobres”, elitizou as armas de fogo no Brasil.

Imagem: roubei do Image bank

domingo, outubro 22, 2006


Viva a diversidade multicultural!

Como anexo ao comentário de ontem, coloco aqui estas duas notícias da França.

A primeira é sobre maridos muçulmanos que andam a espancar ginecologistas que ousam examinar suas intocáveis mulheres. Bem entendido, intocáveis quando se refere a infiéis, pois espancamento doméstico é modalidade que os homens maometanos são insuperáveis.

"Em vista das informações de que dispomos agora não podemos afirmar ainda que se trata de uma agressão ligada a motivações religiosas ou culturais", disse o muito diplomático e cuidadoso ministro da saúde. Mas em incidente anterior, envolvendo outros ginecologistas, estes foram agredidos enquanto os maridos alegavam que "médicos homens não devem examinar suas esposas muçulmanas". Coincidência? Claro!

Alguns dias atrás uma guria foi apedrejada na França por almoçar durante o tal Ramadã:

Uma jovem de 14 anos foi apedrejada enquanto almoçava no pátio de seu centro educativo em Lyon (centroeste da França) por quatro adolescentes que a acusaram de comer durante o mês de jejum muçulmano do Ramadã” A idiota pensou que só por estar na França não devia prestar obediência à Sharia. Mas foi só umas pedradas, fosse nos grotões do Irã ela teria sido enforcada.

Eis o multiculturalismo de mão única, promovido por esquerdistas desmiolados que não tem lá muita noção de realidade. Obviamente todas as manifestações contrárias a este retrocesso são devidamente rechaçadas como “fascistas”, “retrógradas” e “reacionárias”.

O negócio é deixar as mulheres voltarem a sua condição servil, os gays serem espancados e as crianças doutrinadas. Muito “progressista”, realmente.

Imagem: Dois gays tratados segundo a doutrina muito tolerante do islamismo iraniano.

sábado, outubro 21, 2006


Professorinha ninja

Abro a ZH e lá está, ocupando um bom pedaço da página, a foto de uma mulher com a cabeça totalmente coberta por um véu escuro que mais parece uma máscara ninja, apenas os olhos aparecem. Deve se tratar de um desses imigrantes que não aceitam o fato de que não estão vivendo em suas terras e, ao invés de se adaptarem, preferem adaptar o país que os acolheu. Sempre sob as mais justas e honestas alegações multiculturais. Obviamente, seu país de origem nem sempre é tão compreensivo com estrangeiros. O tal multiculturalismo só é válido em terras ocidentais...

No caso em questão a mulher é uma professora que foi suspensa por se negar a retirar o véu durante as aulas. Ela, é claro, se diz vítima de discriminação. A escola onde a mulher ministra as aulas alega que as crianças não conseguem entender o que ela fala. Deve ser verdade, uma vez que a boca está tapada e o contato visual quase inexiste. É uma questão prática. A ZH diz que a mulher ganhou a ação e eu, não acreditando muito, resolvi fazer uma rápida busca. Não ganhou não. Perdeu. Mas ganhou uns trocados para não incomodar muito. Esse problema com imigrantes muçulmanos que alegam discriminação sempre que querem algum tratamento diferenciado me lembra nossa situação com os negros.

Na Itália a coisa está pior. Lá as mulheres já conquistaram seu sagrado direito de caminhar sob o peso de um burka pelas ruas. E parece que conseguiram também permissão para tirar fotos para carteira de identidade com o rosto coberto pelo véu. Agora, qual a validade desta identidade cujo rosto não é mostrado eu nem imagino. Há de se considerar também o interessante costume que os imigrantes alimentam de não misturar sua prole com os infiéis, fazendo com que estudem em mesquitas até adolescência. Nem é preciso dizer que o ensino do século XII causa certa dificuldade de entrosamento entre jovens fiéis e infiéis. Algumas entidades muçulmanas ainda pregam que os imigrantes islâmicos devem prestar juramento e obediência somente a sharia, lei islâmica, e não às leis locais.

Os benefícios do tal multiculturalismo se manifestaram em Paris, ano passado.

Imagem: Imagine-se tendo aulas com aquela simpática criatura. E é bom gostar, do contrário leva a pecha de preconceituoso e racista.

quarta-feira, outubro 18, 2006


O Império da Arbitrariedade II

Em fins do século XV o mundo desconhecido foi divido entre as duas maiores potências da época, as ibéricas Espanha e Portugal. O ato foi sancionado pelas forças espirituais de origem divina representada por um infalível papa, que por sinal também era espanhol. Reparem no detalhe: houve uma preocupação, por mais cretina que fosse, em se buscar uma legitimidade para o ato.

Século XXI. Estados Unidos da América. Bush pretende tornar o espaço sideral algo como um território sob administração americana, permitindo ou não a entrada de quem quer que deseje (ou consiga) por ali viajar. Reparem no detalhe: não existe preocupação de se buscar qualquer legitimidade. E eles não estão nem ao menos dividindo com alguém.

Imagem: John Wayne, by Sebastian Kruger

terça-feira, outubro 17, 2006


King Kong-Il em pé de guerra

A última do Querido Líder King Kong-Il é acusar a ONU (?!?!) de declarar guerra à República Popular Democrática da Coréia do Norte(*) em vista das sanções que proíbem a entrada de armas pesadas no país. E o pior que não falta gente mundo afora para defender a “soberania nacional” de totalitarismos genocidas (pesquise sobre o regime na Coréia, China e antiga URSS). Essa bandeira da democratização nuclear é das coisas mais desprovidas de racionalidade que pode existir.

Pergunta freqüente: “então tu é a favor dos EUA terem bombas e o resto não?” Não, a rigor eu não sou a favor de ninguém ter bombas atômicas, de hidrogênio ou coisas do tipo. Mas é difícil convencer os que as têm a abrir mãos dessas belezinhas, então milito (termo pavoroso) contra “novas aquisições”, principalmente por regimes totalitários, instáveis e/ou miseráveis. Ou seja, sou contra o Brasil, Venezuela (principalmente), Bolívia, Irã, Burundi, Serra Leoa, Jamaica, Haiti e Moçambique terem seus monstrinhos de destruição em massa. Fico imaginando um líder comunista latino-americano meio lunático, ou um demente rei tribal africano, ou um guru espiritual asiático, ou um psicótico aiatolá iraniano, todos com suas bombinhas nucleares e, seilá porque, não me sinto muito confortável.

Antes o líder eleito democraticamente de uma nação desenvolvida e estável, que deve prestar contas a sua nação com o dedo no botão vermelho do que um déspota alucinado com idéias megalômanas de dominação global que se considera um semi-Deus sobre duas pernas.

(*) Toda maldita ditadura comunista prima por um nome glorioso, "República Democrática disso", "República Popular daquilo" ou, como no caso norte coreano, ambos. Deve ser duplamente duvidoso. Lembra aquele filme com o Nicolas Cage, Senhor das armas, cujo protagonista lá pelas tantas larga esta pérola: "Freedom fighters .. Every faction in Africa call themselves with these noble names .. Liberation This, Patriotic That, Democratic Republic of Something Rather .. Often the most barbaric atrocities occur when they call themselves freedom fighters"

Imagem: Cox and Forkum

segunda-feira, outubro 16, 2006


A vez de Kim Jong-il

Bueno, eu não canso de dizer que uma das principais armas da civilização é o.. bom humor! Ultimamente ele vem causando mais estragos do que a política externa “estadunidense”. Quem o diga os cartunistas dinamarqueses. Agora os humoristas viraram suas baterias contra o Querido Líder Camarada Generalíssimo Nascido na Montanha Sagrada - Kim Jong-Il, líder da superpotência subdesenvolvida detentora de tecnologia nuclear obsoleta República Democrática Popular da Coréia do Norte.

O vídeo vale uma olhadela.

sábado, outubro 14, 2006


Para constar nos autos

Pode parecer pelo que é escrito aqui que o interlocutor seja um “alquimista”, ou que alimente qualquer simpatia pelo tucanato. Nada poderia ser mais enganoso. A rigor, não existem diferenças significativas entre os dois concorrentes: defendem um Estado intervencionista, paternalista e, por conseqüência, autoritário (ou que assim terminará inevitavelmente a continuar nessa direção). Dia desses o próprio Alckmin se colocou “mais à esquerda do que o Lula”, o que talvez não seja mentira. E o PSDB, como o próprio nome deixa claro, é social-democrata.

A única diferença que se pode alegar entre os dois é o discurso (um bronco e um intelectual) e o fato de o candidato mais popular ser um público e notório ladrão, vagabundo e mentiroso, enquanto que não temos certeza quanto ao outro. Usando o jargão da campanha do sapo barbudo, nesse caso “trocar o certo pelo incerto” é mais do que obrigação, é dever moral.

Falando em moral, deve ser a primeira vez que moral e ética não são um meio mas um fim em si, em uma disputa eleitoral. Nos prometem o que não seria nada além do que o mínimo que se espera, não apenas de políticos mas de pessoas honestas. O fundo do poço é sempre mais abaixo.

Assim posto, não se engane, Alckmin não é mais do que uma incerteza na qual depositamos uma frágil esperança.

Imagem: Mr. Magoo, o simpático velhinho cegueta que sempre entrava em alguma fria e era salvo por um cusco meio demente. Ele não percebia que estava numa enrascada até que o perigo tivesse passado. Hmmm

sexta-feira, outubro 13, 2006


Ainda o Autoritarismo

Arnaldo Jabor, esse perigoso elemento subversivo foi (adivinhem?) censurado por liminar do TSE requerida pelo Partido. Em época de eleições não se pode sair por aí dizendo o que se pensa e ainda achar que ficará impune, simplesmente. Merecida, então, a medida. Que sirva de lição a todos esses malditos jornalistas, comentaristas e populares que não respeitam o Grande Líder.

Em outra ocasião, militantes da Causa Verdadeira tacaram fogo em publicações subversivas da direita golpista em nome da liberdade de imprensa: “O estudante Marcos Oliveira, da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes) disse que as entidades que participaram do protesto são a favor da liberdade de imprensa, mas que, nesse caso, a revista está tomando partido”. Liberdade de dizer o que queremos ouvir, é claro. Do contrário, fogueira neles.

O espírito autoritário e a ojeriza à Liberdade, a esperança no Estado paternalista, o repúdio ao individualismo e a louvação do coletivo. Tais elementos não estão restritos aos membros do alto escalão do Partido, já impregnaram na maior parte da militância que vê com bons olhos e naturalidade o novo caminho que se abre.

Puta merda.

quinta-feira, outubro 12, 2006


Visionário Liberal

Um novo tipo de servidão aparecerá quando, depois de ter subjugado sucessivamente cada membro da sociedade, modelando-lhe o espírito segundo sua vontade, o Estado estende então seus braços sobre toda a comunidade. Cobre o corpo social com uma rede de pequenas regras complicadas, minuciosas e uniformes, rede que as mentes mais originais e os caracteres mais fortes não conseguem penetrar para elevar-se acima da multidão. A vontade do homem não é destruída, mas amolecida dobrada e guiada; ele raramente é obrigado a agir, mas é com freqüência proibido de agir. Tal poder não destrói a existência, mas a torna impossível; não tiraniza, mas comprime, sufoca, enerva e entorpece um povo, até que cada nação seja reduzida a nada mais do que um rebanho de tímidos animais industriais, cujo pastor é o governo. –Sempre pensei que uma servidão metódica, pacata e suave, como a que acabo de descrever, pode ser combinada, com mais facilidade do que em geral se pensa, com alguma forma aparente de liberdade, e que poderia mesmo estabelecer-se sob as asas da soberania popular.” Tocqueville, citado por Hayek em seu prefácio de 1975 para a obra "O Caminho da Servidão". Aliás, recomendo sua leitura (Hayek) aos bravos que não temem abandonar o charme de dizer algo absurdo como “sou esquerda liberal” ou “sou socialista democrático”.

Alguém disse Autoritarismo?

Apenas corroborando o que foi dito no post anterior sobre as simpatias do petismo pelo autoritarismo, leio agora no blog do Cristaldo a seguinte declaração dedicada pelo Supremo Apedeuta ao economista do regime militar de 64, Delfim Netto: “Quero dizer da minha alegria de estar aqui com Delfim, uma das pessoas de quem a gente mais divergia na década de 70"- disse Lula. "Eu, como dirigente sindical, fazia todas as críticas numa época em que a gente tinha contradição no Brasil muito forte. Ao mesmo tempo tinha o auge do autoritarismo militar, tinha o auge do crescimento econômico. De vez em quando, discutindo com meus companheiros, eu dizia que havia contradição enorme a esquerda tentando a fazer a revolução e nós dentro da fábrica tendo oportunidade de emprego".

Pergunto: existem ainda quaisquer dúvidas sobre o flerte do PT com o autoritarismo?

Imagem: Netto dos áureos e saudosos tempos do regime militar, quando tudo era melhor e havia "crescimento econômico"...

quarta-feira, outubro 11, 2006


Autoritarismo Messiânico

"Se a população brasileira mais pobre sentir que, mesmo por dentro das instituições, uma prática golpista tirou a possibilidade de Lula se eleger, eu temo realmente pelo dia seguinte que o Brasil vai viver". Ciro Gomes, citado pelo Cristaldo em seu blog, deixando a entender de que a nós só resta uma opção: aceitar Lula como presidente reeleito, sob pena de... Guerra civil?

Dias atrás, antes do início das eleições, eu previ que caso houvesse um segundo turno o petista gritaria que foi por conta de algum “golpe da direita”. Pois bem, eis a declaração de Emir Sader, direto de Cuba, sobre o primeiro turno: “Um novo ciclo de uma ofensiva terrorista midiática de um monopólio brutal da direita terminou mudando alguns votos que levariam Lula a ganhar no primeiro turno”. O petismo é previsível. O autoritarismo dessa gente é tão latente que é difícil não perceber. Aliás, não perceber é impossível, e os que ainda não se manifestaram positivamente sobre o tema me fazem crer que são coniventes com o discurso e práticas do petismo. Mesmo o Apedeuta, durante o debate, assumiu uma posição paternalista, postura essa que normalmente é adotada por facínoras ao longo da história como forma de legitimar um comportamento autoritário (ele de fato comparou sua posição e situações atuais com a de um pai de família. Bom, ao menos nos poupou de comparações com Jesus Cristo, dessa vez).

Enquanto oposição, uma das bandeiras do Partido era a liquidação das Medidas Provisórias que seriam, segundo o Apedeuta, um desvirtuamento das atribuições do executivo. Perfeito. Concordo plenamente. O que fez ao assumir as rédeas do poder? Bateu recorde em emissões de MPs! Não apenas isso: ajudou a criar um sistema de corrupção do Congresso para conseguir fazer passar em brancas linhas seu (mais do que evidente) autoritarismo.

Para sustentar o regime, o Partido também fez uma aplicação em macroescala de técnicas do que no nordeste é conhecido como coronelismo: transformou os pobres da nação em celeiro eleitoral através de paliativos como o bolsa-esmola, e lançou assim um fino verniz de legitimidade sobre o regime. Como resultado direto de tal política conseguiu a tão incrível quanto nefasta divisão do país em regiões pobres e ricas, se tornando senhor absoluto e messiânico de um norte miserável, que será assim mantido (como vem sendo ao longo de gerações por políticos locais, de onde o próprio Lula é originário) por quanto tempo durar os planos de poder do PT.

Paternalismo populista, corrupção a granel, intervencionismo e fortalecimento do Estado através de uma fúria legiferante inédita na Banânia, propaganda sem-vergonha que transforma oposição em golpista, ameaça velada de guerra civil, desarmamento da população civil através de uma lei que inviabiliza a qualquer um possuir porte e dificulta ao máximo o registro, tentativa de criar uma nação segregada racialmente, tentativa de controlar a imprensa livre, entre outras coisitas más - eis a fórmula do petismo para chegar e se manter no poder. Caminhamos a largos passos rumo à estatização socialista e ninguém parece se importar. Não se importam, mas sabem, o que em outras palavras significa que compactuam com o que se passa. Vamos ver até onde vamos com essa perigosa experiência política.

Não desperte o demônimo que tem em mim, porque a vontade que dá é de fechar esse Congresso e fazer o que é preciso" Supremo Apedeuta da nação.

Imagem: talvez o demônio já tenha desperto.

domingo, outubro 08, 2006


Eu segundo o petismo

"Quando a gente começa a discussão das cotas, os que são contra, são por preconceito"

Eles acham que o nordestino só pode ser servente, mas acho que os nordestinos também podem ser engenheiros”. Luiz Ignorácio Lulla da Silva

Junte com outras alegações do petismo, como aquela de que aqueles que são contra o desarmamento são, obviamente, “contra a paz”, e teremos a seguinte situação: eu, sulista, sou preconceituoso com nordestinos e racista com negros, além de ser um maníaco pró-guerra de extrema direita. E por não votar no sapo barbudo, sou também golpista. O petismo me assusta!

Imagem: graças ao petismo, descobri que tenho mais em comum com o Duascaras do que poderia imaginar...

sexta-feira, outubro 06, 2006


Pacifakes

“A maioria dos pacifistas pertence a seitas religiosas obscuras ou simplesmente é composta por humanistas que se opõe a tirar a vida e preferem não seguir seus pensamentos além desse ponto. Mas há uma minoria de pacifistas intelectuais cujo motivo real, embora não reconhecido, parece ser o ódio à democracia ocidental e a admiração ao totalitarismo. A propaganda pacifista normalmente se limita a dizer que um lado é tão ruim quanto o outro, mas quando se estuda atentamente os escritos dos jovens intelectuais pacifistas, descobre-se que de modo algum eles exprimem desaprovação imparcial, mas se dirigem quase exclusivamente contra a Grã-Bretanha e os Estados Unidos”. George Orwell, Notes on Nationalism, 1945.

Pacifistas desta estirpe eu conheço aos montes!

Imagem: “Worse”, cartoon do Cox ad Forkum.

terça-feira, outubro 03, 2006


Retrocesso: o império da arbitrariedade

o Senado americano concedeu ao presidente o poder de mandar prender quem ele definir que é um ´combatente inimigo´, por quanto tempo julgar necessário e sem que a pessoa tenha sido acusada formalmente ou possa contestar a prisão no tribunal

Desde ontem, cabe ao líder do Executivo definir, secretamente se quiser, quais procedimentos poderão ser usados no interrogatório de presos militares, desde que aqueles não causem danos físicos "sérios" ou problemas psicológicos "permanentes" nos interrogados"

Medidas desse tipo não colaboram muito para melhorar a imagem dos gringos. E com razão. A lei é draconiana e não respeita princípios básicos de Direito: é o império da arbitrariedade. A máxima que rege essa mentalidade americana é a mesma que rege a mente de maníacos comunistas e homens-bomba do islã: os fins justificam os meios. Pro inferno com Genebra, com o Direito, com os valores de Liberdade e Democracia. Nada importa. Só matar o inimigo. Mesmo que se cometa crassas injustiças.

O curioso é que, se não me engano, Saddan Hussein está sendo processado por crimes de guerra de acordo com a Convenção de Genebra, a mesma que os gringos rejeitaram quando votaram a chamada "lei da tortura". Lamentável.

Imagem: John Wayne, by Sebatian Kruger

segunda-feira, outubro 02, 2006


A moral segundo Lênin

"Nós repudiamos toda a moralidade que não se derive estritamente do humano e do conceito de classe. Nós dizemos que qualquer outra forma de moral é um engano, uma fraude, um narcótico para a mente dos trabalhadores e camponeses em favor dos latifundiários e dos capitalistas. Dizemos que nossa moralidade está inteiramente subordinada aos interesses da luta de classes e ao triunfo do proletariado. Nossa moralidade se deriva dos interesses do proletariado na luta de classes. (...) A moral serve para ajudar a humanidade a levantar-se a um nível mais alto e terminar com a exploração dos trabalhadores" Vladímir Ilitch Uliánov, Lênin , em comunicado ao terceiro congresso da Liga da Juventude Comunista, em 1920. Pode ser conferido aqui.

Na prática, a moral (e todo o resto) acaba sendo subjugada ao Partido, pois é ele o legítimo (e único) representante do proletariado. E eis a ditadura que matou 100 milhões no século passado. Antes uma moral judaico-cristã meio obsoleta a uma moral baseada no ódio e na discriminação de classe (em tudo igual ao ódio e à discriminação racial).

Imagem: caricatura de Joan Vizcarra. O cara é fodão, confira os outros trabalhos dele aqui.

sexta-feira, setembro 29, 2006


Golpe Midiático

Isso que você está vendo não existe. É uma armação midiática encomendada pelo Grande Capital e pela oposição golpista a fim de tentar desmoralizar o Grande Líder. O Partido já está tomando todas as providências para desmascarar essa fraude e tirá-la de circulação.

terça-feira, setembro 26, 2006


O Delírio Conservador

Graças à luminescência sapiental do professor e mestre e filósofo e astrólogo Olavo de Carvalho, vulgo Olavão, descobri em recente artigo seu (falsos amigos) que sou em verdade um agente infiltrado das hostes comunistas e islâmico-terroristas. Ou talvez mero idiota. Afinal, como pode alguém se dizer liberal, defender a livre economia de mercado, e não professar a moral judaico-cristã? Impossível! Esses japas xintoístas e budistas nunca me enganaram com aquele pacifismo liberal de meia pataca! Não passam de um bando de terroristas e comunas disfarçados! RÁ!

Imagem: cogumelo Psilocybe Semilanceata, famoso por seu chazinho qual descofio ser o Olavão um apreciador... rsrs

segunda-feira, setembro 25, 2006


Nós, os golpistas

A eleição que prometia ser morna e a mais sem graça dos últimos tempos está se mostrando bastante agitada, até. Com escândalos aflorando praticamente toda a semana e um líder com uma popularidade desconhecida desde os tempos de Getúlio Vargas a cousa ta é bem quente. O que me preocupa são as acusações de que existe em andamento um pretenso golpe para derrubar o atual governo. É cousa grave, tal acusação! Mas existe mesmo?

O PT dos gloriosos tempos de oposição batia com muito, muito mais força no governo do que a atual oposição. Slogans como “fora FHC” eram palavras de ordem em protestos de estudantes, sindicalistas e esquerdistas no geral. Tudo era motivo para açoitar o governo (que por sinal, era de esquerda). Não lembro dos líderes da época gritando aos quatro cantos que um golpe de Estado estava sendo articulado. Como bem colocou um amigo, em seu blog, “porque na hora de cobrar ética e pedir o impeachment de Collor e gritar 'Fora FHC' os petistas e PCdoBistas eram 'democratas' e agora, quando a oposição cobra ética e propõe a derrota de Lula nas urnas a oposição é....golpista?”. Não faz muito sentido, aliás, não faz sentido nenhum . Obviamente não existe nenhum plano maquiavélico da oposição (que também é social-democrata) para dar um golpe de Estado, mas essa retórica é muito útil para se aferrar no poder e afastar toda e qualquer oposição jogando-lhe a pecha de “golpista”.

Quando a mídia traz algum novo escândalo ao público, lá vem o petista: “imprensa corrompida pela direita golpista!”. Quando a polícia consegue rastrear até o Partido algum trambique, lá vem o petista: “polícia corrupta e golpista!”. Quando a oposição usa esse material contra o Apedeuta, cousa normal em eleições, lá vem o petista: “oposição golpista!”. Nosso presidente está cantando vitória no primeiro turno, o que é provável que aconteça, mas, se por ventura isso não ocorrer, tenho certeza de que o petista vai gritar que a eleição foi “melada” pela “direita” golpista.

Na Venezuela, país mais democrático da América na opinião de nosso presidente, o chicano bolivariano está querendo tornar a reeleição ad aeternum, pois esta seria a vontade do povo. E a oposição que denunciou este absurdo? Ela foi chamada golpista. Percebam, caros, a sutileza da novilíngua proposta que transforma, aos poucos, o verbete oposição em golpista.
Imagem: sob a ameaça de pretensos golpistas, proteger os interesses legítimos e maiores do Povo e da Democracia é necessário... Estão lançadas as sementes do Estado Policial.

Os croissants e a arrogância dos sarracenos

Artigo genial do Cristaldo sobre os incidentes causados pelas declarações do Papa, sobre História islâmica e sobre.. croissants.

Semana passada, um tribunal da Turquia inocentou a escritora Elif Shafak, de 35 anos, da acusação de insultar a identidade turca no romance O Bastardo de Istambul, lançado em março deste ano - dizem os jornais. Elif era acusada por promotores nacionalistas de infringir o Artigo 301 do Código Penal, segundo o qual um cidadão pode ser condenado a até três anos de prisão por denegrir a identidade nacional turca. Eles pediram a prisão dela porque personagens do livro usam a expressão "genocídio" ao se referir ao massacre de centenas de milhares de armênios nos anos finais do Império Otomano, durante a 1ª Guerra Mundial.

Que a escritora tenha sido absolvida é uma boa notícia. A má notícia é que tenha sido processada por palavras proferidas por personagens. O massacre de um milhão e meio de cristãos armênios por turcos muçulmanos é fato histórico incontestável. E ao massacre de uma etnia convencionou-se chamar genocídio. O espantoso nesta affaire é responsabilizar um ficcionista pelo crime do personagem. É como se o Estado levasse Dostoievski à barra dos tribunais pelo crime de Raskolnikoff, acusasse Gide pelo assassinato de Lafcadio ou responsabilizasse Camus pelo gesto de Meursault. Neste caso, com um agravante: a vítima de Meursault era um árabe. Racismo óbvio de Camus


Leia na íntegra

sábado, setembro 23, 2006


Expurgo

Algo bizarro acontecendo no Orkut. Comunidades gigantes desapareceram esta madrugada. Todas de oposição ao PT. Inclusive uma da Heloísa HeLênin. Não sei de nenhuma pro-Lula fora do ar.

sexta-feira, setembro 22, 2006


Bom humor é crime para PT

PT pede apreensão de adesivo que faz referência à falta de dedo de Lula

Segundo o adEvogado do PT, o presidente está sendo vítima de preconceito por ser aleijado, ops!, perdão!, portador de deficiência física no mindinho em alguns adesivos que circulam em carros pela capital paranaense. Os adesivos deverão ser retirados de circulação e o autor identificado. “Leva em consideração uma deficiência que não interfere em nada na ação do presidente”, comentou um representante de pessoas deficientes. Claro, ele não tem nenhum senso de humor. Esse maldito politicamente correto faz do mundo um lugar muito sem graça.

Lembra um caso recente...

Imagem: o adesivo que circula conta ainda com os dizeres "mais quatro não!". A sacada é genial, a petralhada tinha de arrumar um jeito de tirar isso de circulação. Preciso providenciar logo um pra mim!

quinta-feira, setembro 21, 2006


Entre Commies latinos e Fanáticos Islâmicos

"O diabo está em casa. Ontem o diabo veio aqui. Este lugar cheira a enxofre"

Hugo Chávez, hoje, na Assembléia Geral das Nações Unidas, enquanto se benzia. Mesmo Bush, um bronco de marca maior, parece uma delicada bailarina perto desse chicano tosco.

Na mesma ocasião o presidente-fantoche do Irã reiterou suas intenções nucleares pacíficas. Mas, enquanto isso, na terra natal, o tio Khamenei, verdadeiro líder do país, fazia um discurso anti-Ocidente, anti-EUA, anti-Papa e anti-Israel e exigia que se aplicasse a shari´a contra aqueles que ofendem o profeta. Uma forma sutil de pedir a decapitação do Papa... E suas intenções nucleares, obviamente, são puramente pacíficas! Yeah, right...

Todos pela democratização nuclear! rsrs

Imagem: o chicano se benzendo contra a besta "estadunidense"... rsrs

segunda-feira, setembro 18, 2006


Ainda sobre Bento XVI

Ontem postei o trecho do discurso de Ratzinger que inflamou os corações maometanos do mundo oriental. Agora coloco aqui o trecho completo, na íntegra, para evidenciar a má fé com que agem os maometanos (lembrando que não são suas as palavras, trata-se de uma citação medieval): “Mostre-me então, o que Maomé trouxe de novo, e ali só encontrará coisas más e desumanas, como esta, de que ele determinou que se propague através da espada a fé que ele prega. Continua o Sumo Pontífice, "Após ter atacado deste jeito, o imperador argumenta, então, pormenorizadamente, porque a propagação da fé através da violência é absurda. Ela está em contradição com a essência de Deus e da alma. 'Deus não tem prazer no sangue', diz ele, e agir de forma irracional contraria a essência de Deus. A fé é fruto da alma, não do corpo. Quem, portanto, pretende conduzir alguém à fé, precisa da habilidade do bom discurso e de um raciocínio correto, mas não de violência e ameaça... Para convencer uma alma sensata, necessita-se não de seu braço, não de instrumentos de agressão nem de outros meios pelos quais se pode ameaçar alguém de morte ...".

É uma pregação de paz, e uma condenação da violência religiosa. Não há do que se retratar. O Cristaldo em seu último artigo (Maomé, Espada e Cristo) relembra trechos de um sermão do xeque palestino Ibrahim Mudeiris, datado de maio do ano passado:

"Com o estabelecimento do Estado de Israel, a nação islâmica perdeu-se em sua totalidade, porque Israel é um câncer que se espalha por todo o corpo da nação islâmica e porque os judeus são um vírus semelhante ao da AIDS, da qual o mundo inteiro sofre as dores. (...) Vocês vão descobrir que os judeus estão por trás de todos os conflitos civis deste mundo. Os judeus estão por trás do sofrimento das nações

"Nós já governamos o mundo antes e por Alá há de chegar o dia em que o dominaremos totalmente de novo. Há de chegar o dia em que dominaremos os Estados Unidos. Há de vir o dia em que governaremos a Inglaterra e o mundo todo - exceto para os judeus. Os judeus não gozarão de uma vida tranqüila debaixo do nosso domínio, porque são traiçoeiros por natureza, como têm sido por toda a história. Há de vir o dia em que todas as coisas ficarão livres dos judeus - até mesmo as pedras e as árvores que foram feridas por eles. Ouçam o Profeta Maomé que lhes fala sobre o maligno fim reservado para os judeus. As pedras e as árvores desejarão que os mulçumanos exterminem todo judeu."

Esse belo sermão que prega a paz e o amor entre os povos e nações foi proferido por importante figura religiosa de Gaza. Os trechos foram publicados por alguns jornais europeus e americanos na época sem suscitar grandes comoções – mesmo porque esse tipo de coisa não é nem um pouco raro. Não houve represálias, nem do Ocidente, nem de líderes espirituais do Oriente. Mas, é só colocar um trecho de uma frase do Papa fora de contexto que o mundo pega fogo. Ou desenhar algumas caricaturas...

A propósito, Mahmoud Ahmadinejad, líder do Estado teocrático iraniano, se encontrou com o presidente da maior democracia da América Latina (segundo nosso presidente), Hugo Chávez. E com, que surpresa!, Fidel também! Sempre ouvi dizer que escolhemos nossas amizades entre aqueles que nos são semelhantes... rsrs

Imagem: um dos célebres cartoons do Jyllands Postem, o jornaleco dinamarquês interiorano que quase nos levou a uma hecatombe global. rsrs

domingo, setembro 17, 2006


Religiosamente Correto

Na onda do politicamente correto surge o religiosamente correto. Depois do evento das caricaturas dinamarquesas, a nova febre do mundo muçulmano é o Papa Bento XVI. Citando Manuel II - “Mostre-me o que Maomé trouxe que era novo, e lá você encontrará apenas coisas más e desumanas, como o seu comando de espalhar pela espada a fé que ele pregava" – o Papa deu início a uma nova onda de violências (com direito à freira baleada e granada em igreja) de maometanos irados com o que consideraram uma gravíssima falta de respeito. Não foi. Maomé realmente acreditava na tese de levar a fé através da força da espada, e o Islã dos primeiros séculos conquistou territórios a ferro e fogo. O velho é outro bode expiatório para criar tensão entre Ocidente e Oriente e dar ao ambiente um clima de “guerra santa”. Está dando certo, mesmo os líderes mouros considerados “razoáveis” estão entrando no clima. O pior é que o Ratzinger já deu pra trás, esse boiola.

Imagem: "decapitem aqueles que dizem que o Islã é violento" rsrs..

sábado, setembro 16, 2006


Campo da Convergência

Se há um país que sofreu as mazelas dos dois totalitarismos do século passado mais do que qualquer outro, esse país é a Alemanha. Passou alguns anos da primeira metade do século XX sob jugo nazista, e a maior parte da segunda metade sob jugo comunista. Verdade que apenas a metade leste do país ficou sob controle socialista após 1945, batizada, ironicamente, República Democrática Alemã (RDA).

Existe um lugar na Alemanha que representa, melhor do que qualquer outro na minha opinião, essa desgraça totalitária da qual foi vítima: Sachsenhausen. Criado pelos nazistas em 1936 na cidade de Oranienburg, da qual Sachsenhausen é distrito, a “Estação Z”, como era chamado o campo de concentração ali instalado, abrigou 204 mil detentos, dos quais 54 mil morreram por execuções ou maus tratos (algumas fontes chegam a apontar em 100 mil o número de mortes). Apesar de muitos judeus, dissidentes e outros terem sido mortos no lugar, a priori ele não era considerado campo de extermínio e sim um campo de prisioneiros comunistas. Era onde “treinavam” oficiais da SS antes de os enviarem para os tenebrosos campos de extermínio. O campo permaneceu ativo até abril de 1945, quando foi liberado pelo Exército Vermelho.

Em agosto de 1945 os soviéticos, que haviam preservado o lugar, resolveram aproveitá-lo para os mesmos fins – mas rebatizaram-no Campo Especial nº7/nº1. Para lá foram mandados membros do Partido Nazista, dissidentes comunistas, desertores do Exército Vermelho e uma miríade de infelizes que estavam no lugar errado na hora errada. De 1945 até 1950, 60 mil pessoas passaram pelo campo. 12 mil foram executadas ou morreram por maus tratos. Os sobreviventes foram mandados para Gulags no interior soviético. Buchenwald, outro campo nazista, teve o mesmo fim pelos soviéticos. Outros existem, com certeza.

Em 1990, depois da queda do muro, foram encontradas valas comuns no lugar e em 2001 o museu “Campo Especial nº1/nº7" foi ali criado. Em vista de que muitos campos foram transformados em museus e memoriais para lembrança nazista, ao menos um foi dedicado ao terror vermelho. Claro, houve represálias, pois, assim como no Brasil, a memória comunista alemã também é envolta em glória e esplendor – o passado negro deve ser esquecido ou justificado. A “Revolução Documental” ocasionada pela súbita queda do regime soviético só agora, mais de 15 anos depois, começa a fazer efeito.

Imagem: uma das torres do campo

sexta-feira, setembro 15, 2006


Comentário do dia

Estamos nas mãos do bugre cocalero, dos traficantes do PCC, dos bolcheviques do MST e, desgraça maior, nas mãos do Lula do PT.

Que se há de fazer? Oh céus, Oh vida...

quarta-feira, setembro 13, 2006




















Who´s your buddy?

Feliz o dia que produzirem uma versão maometana desse Cristo no mundo muçulmano sem o risco de a fábrica ser explodida ou o idealizador decapitado pela jihad!

Buddy Christ, ícone de civilização!

segunda-feira, setembro 11, 2006


Cidade do Homem

A soberba, a edificação de impérios, o secularismo, o individualismo, o poder e a atração do dinheiro – tudo isso está associado à idéia de uma pecaminosa Cidade do Homem. Mitos de destruição existem desde que os homens passaram a construir cidades onde pudessem negociar, acumular riqueza, obter conhecimento e viver confortavelmente.
O temor da punição por desafiar o poder de Deus, devido à soberba de acreditar que podemos seguir sozinhos, é comum a muitas religiões. A história da Babilônia e sua torre grandiosa é uma das mais antigas conhecidas pelo homem. Depois do Dilúvio, Ninrode edificou a Babilônia. Posteriormente, o lugar foi cultuado como uma deusa-mãe. Talvez tenha sido a relativa liberdade sexual das mulheres da Babilônia que levou devotos judeus e cristãos a descrever a cidade como ´a mãe das meretrizes e abominações da Terra´. A população da Babilônia tanto quanto os cidadãos da Florença do século XIV ou da Nova York do século XX, buscavam fama mundial. ´Venham´, diziam eles, ´construamos para nós uma cidade, e uma torre cujo cume toque os céus e nos faça célebres´.”

“(...) As Torres Gêmeas, recheadas de pessoas de todas as raças, nacionalidades e credos, trabalhando a serviço do capitalismo global, representavam para o guerreiro santo tudo o que era execrável na mais grandiosa Cidade do Homem moderna”.

Trechos da obra Ocidentalismo, de Ian Buruma e Avishai Margalit

Imagem: The Tower of Babel, por Pieter Bruegel.

domingo, setembro 10, 2006


Caricaturas do Apocalipse

Depois do “Clash of Civilizations”, evento apocalíptico promovido por um jornaleco interiorano dinamarquês que publicou algumas caricaturas islâmicas e que resultou na morte de muitos, o Irã resolveu pagar na mesma terrível moeda: um superconcurso mundial de cartoons anti-semitas sobre o Holocausto. Queriam fazer o Ocidente provar de seu próprio veneno!

E fizeram. Elas hoje correm o mundo. Inclusive na Dinamarca, onde foram recebidas com absoluta indiferença. Um rabino dinamarquês consultado por um jornal antes de publicar os cartoons, ao contrário de seus colegas islâmicos, não demandou por uma jihad assassina contra infiéis: “Eles são de mau gosto, mas previsíveis (...) eles são bastante inofensivos".

Agora dá licença, vou explodir uma mesquita.

Curiosidade: O Brasil é o terceiro país, dos sessenta, em número de participantes do evento anti-Ocidente. Perde só pra Turquia e pro próprio Irã. É um povo politizado, o meu!

Imagem: Cartoon do venezuelano Manuel Loyza - os nazistas, grandes heróis libertadores.

Link para todos os cartoons

sexta-feira, setembro 08, 2006


John Stuart Mill III

É sabido que os maus operários que formam a maioria dos trabalhadores em muitas ramificações da indústria, são decididamente de opinião de que os maus operários devem receber os mesmos salários que os bons, e que ninguém deve ter permissão, através de trabalho por empreitada ou outro, de ganhar por habilidade ou esforço superior mais do que outros podem sem isso. E eles empregam um policiamento moral, que ocasionalmente se torna físico, para impedir que trabalhadores habilidosos recebam, e que empregadores dêem, uma grande remuneração por um serviço mais útil

Reflexão de Stuart Mill sobre o socialismo em meados do séc. XIX. Algum progresso foi feito de lá pra cá...

quarta-feira, setembro 06, 2006















Islamofascismo teocrático iraniano

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pediu o expurgo de professores liberais e seculares das universidades do país

Além de expurgar os terríveis professores seculares, coloca um aiatolá na direção da Universidade. Uma belíssima reforma educacional, realmente! Logo terão apenas um livro, o Corão, e uma faculdade, a de teologia. Aliás, teologia é o cacete! Isso é coisa de idólatra cristão!

Da próxima vez que ver algum energúmeno defender o Irã, bom, lembre desse blog. rsrs

Imagem: charge antiga do bom e velho Cox and Forkum. Clica nela pra ampliar.