sexta-feira, março 24, 2006

Eu adoro essa luz dos dias de outono, tudo muda, tudo fica mais bonito. .

quinta-feira, março 23, 2006


Democracia afegã

O conceito de democracia atualmente é bastante flexível - existem democracias para todos os gostos. Democracia chinesa, democracia cubana, democracia iraniana e por aí a fora. Alguns prometem uma democracia iraquiana dentro em pouco, que glória! Mas dentre todos os modelos democráticos hoje existentes o mais duramente criticado, alvo de todos os ódios é a famigerada -e falsa- democracia liberal. Seria uma ironia?

Enfim, dando uma navegada pela rede, eis que me deparo com essa interessante notícia de um sujeito afegão que, para sua desgraça, resolveu ver a Luz e a Verdade no livro errado, segundo a justiça democrática de seu país. Abdul Rahman, de 41 anos, pode agora ser condenado à morte por ter abandonado a fé islâmica e abraçado o cristianismo, crime máximo segundo a tal shari’a, lei muçulmana que inspirou a Constituição democrática afegã. “Não estamos contra nenhuma religião no mundo. Mas no Afeganistão, este tipo de coisa é contra a lei” esclareceu o juiz Ansarullah Mawlavezada para alívio geral. Imagina se estivessem!

Onde diabos estão as ONGs de direitos humanos, que na Europa berram aos quatro ventos quando uma estudante muçulmana é proibida de entrar em uma escola vestida feito um urubu dos pés a cabeça, para defender a vida de um infeliz que rejeitou o islamismo? Ah, claro, o multiculturalismo, a liberdade religiosa e todas essas bandeiras politicamente corretas só valem quando diz respeito aos direitos islâmicos em terra estrangeira. Cristãos, judeus, hindus, hare krishnas, ateus e a mãe do badanha podem, e vão continuar sendo perseguidos em países teocráticos islâmicos sem que ninguém ache isso ruim.

O que seria desses países sem a bendita democracia?!

Na foto o juiz mostra a evidência do crime: a Bíblia.

Mais sobre em
http://www11.estadao.com.br/ultimas/mundo/noticias/2006/mar/20/315.htm
http://www.voanews.com/english/2006-03-18-voa7.cfm
http://www.metimes.com/articles/normal.php?StoryID=20060319-072838-8361r
http://michellemalkin.com/archives/004796.htm

terça-feira, março 21, 2006


“Adeus, Lênin!” - censura ideológica?

Bueno, esse é um filme de que gosto bastante. É muito emblemático. Tão emblemático que fez com que uma cena, curta e discreta, fosse cortada no Brasil.
O Janer chamou a atenção, depois de assistir novamente ao filme no Telecine Cult, que uma cena que havia lhe chamado a atenção estava faltando: quando o protagonista sai a procurar nos lixões de Berlim por bugigangas da falecida república soviética para decorar o quarto de sua mãe, militante do Partido e que recém despertara de um coma, encontra um pôster velho e surrado do líder idolatrado “che” Guevara e o leva para o quarto. Tal cena foi deliberadamente retirada da versão brasileira, mesmo dos DVDs. Não caracterizando extrema violência nem putaria, me faz imaginar que foi motivação político-ideológica o que fez com que essa cena, inofensiva e até meio boba, fosse sacada fora. Afinal, o ícone maior do comunismo latino-americano, herói de la revolución, jogado no meio da merda como cousa descartável é um desrespeito para com os militantes da verdadeira causa da humanidade. Hasta la victoria siempre!