Alckmin quer dar pontuação extra a negros em concurso
O Estado de S. Paulo
10/01/2006
O governador Geraldo Alckmin já assinou um projeto de lei, que será enviado à Assembléia, prevendo pontuação diferenciada para candidatos negros no concurso para preenchimento de cargos na Defensoria Pública. Pelo texto, quem se declarar afrodescendente terá 1 ponto a mais na segunda fase do processo de seleção."Pela primeira vez o governo faz uma política de ação afirmativa que vai impulsionar a presença de negros no serviço público", disse o secretário da Justiça, Hédio Silva Júnior.
A estupidez continua
Não bastasse a reserva de vagas, agora pessoas com mais melanina na pele, dependendo de Alckmin, ganharão pontos extras. O critério é simplesmente esse, ter a pele mais escura e um cabelo pixaim, para ser automaticamente um favorecido pela política demagoga, populista e "correta". Foi um achado para os políticos..
Volto a bater na mesma tecla de que somos, antes de tudo, brasileiros, com um passado em comum, com os mesmos costumes e os mesmos valores, com peculiaridades regionais que se tornam a cada dia menores; somos uma nação racialmente mestiça e pluricultural. Se alguém se considera racialmente puro, desafio a fazer um teste de DNA em um dos únicos laboratórios do mundo que faz esse tipo de análise para particulares: http://www.gene.com.br . O laboratório é brasileiro.
Favorecer uma parcela da população, através de um método tão superficial quanto a análise da cor da pele, ignorando toda a gênese da gente brasileira, é ato de suma ignorância e crassa burrice. É o reconhecimento de que, aos moldes dos EUA e da África do Sul, não houve mistura nesse país, e de que os euro-descendentes mantém ainda controle racial sobre a parcela negra da população. É inventar um apartheid que, de fato, a mais de século não existe.
Além do mais, se por acaso tenho algum tatataravô europeu que tenha sido um escravocrata (e creio não ter), não serei eu, descendente, que irei pagar por seus crimes (na época, aliás, nem era crime, e a escravatura era também uma instituição africana); seus pecados morreram com ele. Se alguém, “branco”, se sente responsável por crimes ancestrais, se acredita piamente ser possuidor de um “pecado original”, que ceda sua própria vaga, ou doe parte de seus bens para essa parcela da população que se acredita segregada, e expie seus próprios pecados. Eu não sinto culpa alguma. Descendo com certeza de uma raça ameríndia que sofreu genocídio racial e étnico. Todos nós gaúchos do pampa descendemos; charruas e minuanos sobrevivem apenas em nossas veias e em nossos gens. Quem me conhece sabe que carrego no peito uma marca rara entre europeus, mas muito comum entre índios e negros.
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
terça-feira, fevereiro 14, 2006

Mas pra não dizer que minha aquisição tem motivação meramente ideológica, quem souber de algum exemplar russo do Exército Vermelho, me avise. =oP~
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