sexta-feira, outubro 06, 2006


Pacifakes

“A maioria dos pacifistas pertence a seitas religiosas obscuras ou simplesmente é composta por humanistas que se opõe a tirar a vida e preferem não seguir seus pensamentos além desse ponto. Mas há uma minoria de pacifistas intelectuais cujo motivo real, embora não reconhecido, parece ser o ódio à democracia ocidental e a admiração ao totalitarismo. A propaganda pacifista normalmente se limita a dizer que um lado é tão ruim quanto o outro, mas quando se estuda atentamente os escritos dos jovens intelectuais pacifistas, descobre-se que de modo algum eles exprimem desaprovação imparcial, mas se dirigem quase exclusivamente contra a Grã-Bretanha e os Estados Unidos”. George Orwell, Notes on Nationalism, 1945.

Pacifistas desta estirpe eu conheço aos montes!

Imagem: “Worse”, cartoon do Cox ad Forkum.

terça-feira, outubro 03, 2006


Retrocesso: o império da arbitrariedade

o Senado americano concedeu ao presidente o poder de mandar prender quem ele definir que é um ´combatente inimigo´, por quanto tempo julgar necessário e sem que a pessoa tenha sido acusada formalmente ou possa contestar a prisão no tribunal

Desde ontem, cabe ao líder do Executivo definir, secretamente se quiser, quais procedimentos poderão ser usados no interrogatório de presos militares, desde que aqueles não causem danos físicos "sérios" ou problemas psicológicos "permanentes" nos interrogados"

Medidas desse tipo não colaboram muito para melhorar a imagem dos gringos. E com razão. A lei é draconiana e não respeita princípios básicos de Direito: é o império da arbitrariedade. A máxima que rege essa mentalidade americana é a mesma que rege a mente de maníacos comunistas e homens-bomba do islã: os fins justificam os meios. Pro inferno com Genebra, com o Direito, com os valores de Liberdade e Democracia. Nada importa. Só matar o inimigo. Mesmo que se cometa crassas injustiças.

O curioso é que, se não me engano, Saddan Hussein está sendo processado por crimes de guerra de acordo com a Convenção de Genebra, a mesma que os gringos rejeitaram quando votaram a chamada "lei da tortura". Lamentável.

Imagem: John Wayne, by Sebatian Kruger

segunda-feira, outubro 02, 2006


A moral segundo Lênin

"Nós repudiamos toda a moralidade que não se derive estritamente do humano e do conceito de classe. Nós dizemos que qualquer outra forma de moral é um engano, uma fraude, um narcótico para a mente dos trabalhadores e camponeses em favor dos latifundiários e dos capitalistas. Dizemos que nossa moralidade está inteiramente subordinada aos interesses da luta de classes e ao triunfo do proletariado. Nossa moralidade se deriva dos interesses do proletariado na luta de classes. (...) A moral serve para ajudar a humanidade a levantar-se a um nível mais alto e terminar com a exploração dos trabalhadores" Vladímir Ilitch Uliánov, Lênin , em comunicado ao terceiro congresso da Liga da Juventude Comunista, em 1920. Pode ser conferido aqui.

Na prática, a moral (e todo o resto) acaba sendo subjugada ao Partido, pois é ele o legítimo (e único) representante do proletariado. E eis a ditadura que matou 100 milhões no século passado. Antes uma moral judaico-cristã meio obsoleta a uma moral baseada no ódio e na discriminação de classe (em tudo igual ao ódio e à discriminação racial).

Imagem: caricatura de Joan Vizcarra. O cara é fodão, confira os outros trabalhos dele aqui.