sábado, junho 10, 2006

Limite Máximo de Consumo – Entendendo o Mensalão

Projeto de Lei Complementar 137/04, do deputado Nazareno Fonteles (PT-PI)
Art. 1º Fica criado o Limite Máximo de Consumo, valor máximo que cada pessoa física residente no País poderá utilizar, mensalmente, para custear sua vida e as de seus dependentes.
Art. 2º Por um período de sete anos, a partir do dia primeiro de janeiro do ano seguinte ao da publicação desta Lei, toda pessoa física brasileira, residente ou não no País, e todo estrangeiro residente no Brasil, só poderá dispor, mensalmente, para custear sua vida e a de seus dependentes, de um valor menor ou igual ao Limite Máximo de Consumo.
Art. 3º A parcela dos rendimentos recebidos por pessoas físicas, inclusive os que estejam sujeitos à tributação exclusiva na fonte ou definitiva, excedente ao Limite Máximo de Consumo será depositada, mensalmente, a título de empréstimo compulsório, em uma conta especial de caderneta de poupança, em nome do depositante, denominada Poupança Fraterna.
(...)I – a não-realização do depósito na Poupança Fraterna, ou sua realização em valor inferior ao determinado no art. 3º desta Lei, por período superior a trinta dias, implicarão a automática e imediata inserção do retentor no cadastro da dívida ativa da União, pelo valor correspondente a duas vezes a diferença entre o valor depositado e o valor devido.
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Não é sem motivo a existência do tal mensalão: só através da corrupção mais escrota monstros como esse aí de cima podem ganhar vida. Fica difícil não acreditar que Gramsci, o ideólogo da ´revolução democrática´, não inspira realmente os petralhas desse país. A propósito, o tal projeto não foi engavetado, na verdade está “pronto p/ pauta”, ou seja, provavelmente ainda vá ser votado. Mas sem o mensalão fica mais difícil...
Como já disse e digo sempre, em nossa republiqueta todos os caminhos levam ao socialismo.

sexta-feira, junho 09, 2006


Liberdade Segundo John Stuart Mill I

"Se toda a humanidade menos um, fosse de uma determinada opinião, e apenas uma pessoa fosse de opinião contrária, a humanidade não teria mais justificativas para silenciar aquela pessoa, do que ela, se tivesse o poder, de silenciar a humanidade. "

On Liberty, 1859 (4,90 em qualquer banca de revista) rsrs

quarta-feira, junho 07, 2006


MST WACHT - Provando do Próprio Veneno

Bueno, interessante ver os políticos entrincheirados de Brasília sentirem na pele um pouco da realidade dos que vivem fora dos limites da urbe nas mãos dos sedizentes movimentos sociais. Os métodos foram os mesmos (violência), o discurso foi o mesmo (reforma agrária, justiça social) e o resultado idêntico (gente ferida, danos ao patrimônio), mas a reação de nossos líderes políticos mudou totalmente - o que era antes legítimo movimento de reivindicação social, exercício de cidadania, democracia social e asneiras do tipo, se tornou, da noite para o dia, em baderna, arruaça e vandalismo. Mesmo figurinhas que normalmente apóiam tais coisas, como a Heloísa Helena, repudiaram o ato. Mas ele não foi nada diferente de outros tantos que aconteceram e vem acontecendo em nosso país, apenas tiveram um alvo diferente. Se o que o tal MLST fez foi realmente condenável, como muitos petralhas afirmaram, o que faz normalmente o MST é muito pior: se aqueles atentaram contra a caverna do Lula Lá e os muitos ladrões, estes tocam o terror contra o infeliz cidadão regular. Como diz o jargão popular, “pimenta no cu dos outros é refresco”.

Disto tudo, extrai-se a seguinte premissa: invasão e destruição de patrimônio particular, legítimo; invasão e destruição do público, depende. Digo depende porque existe precedente de ações do tipo em estabelecimentos públicos onde vigeu a impunidade. Pra mim, nunca ficou tão clara a animosidade que existe em nosso país contra empreendimentos individuais, sempre vistos como algo a ser combatido - em nossa republiqueta todos os caminhos levam a estatização da sociedade, ao socialismo. O lucro é nosso maior pecado; o sucesso individual nossa vergonha.

A luta armada sempre será uma alternativa”.
Paulo Armando Del Castilho, co-fundador do MLST em entrevista à Zero Hora.

Tenho fé em Deus de que nada vai acontecer com as crianças”.
Divinotônio de Freitas, vândalo que participou das ações do MLST ontem, sobre seus filhos pequenos que o acompanharam no tumulto. Em seu colo estava uma criança de quatro meses e sua mulher levava outras duas, de quatro e seis anos. Em todas as ações de sem-terra existem crianças e mulheres, às vezes na linha de frente.

"Eles tinham obrigação de ir ao Palácio do Planalto, que está 'contingenciando' os recursos para a reforma agrária".
Heloísa Helena, que acredita que o vandalismo se deu no endereço errado: era pra ser no prédio vizinho onde preside seu oponente político, seguindo a velha máxima que reza ser pimenta no cu dos outros, refresco.

"Ele tem um trabalho histórico junto ao movimento de agricultores. É um militante histórico".
Deputado Raul Pont, secretário-geral do PT, sobre a importância de Bruno da Costa de Albuquerque Maranhão, líder do MLST e coordenador da horda que assolou o covil político do país, para o Partido dos Trabalhadores PT. O Brunão era um dos novos políticos escalados pelo governo que, em tese, deveriam mudar a cara do PT - era o novo dirigente da Secretaria de Movimentos Populares do Partido dos Trabalhadores. Lindo.

segunda-feira, junho 05, 2006


Maldita Arvorezinha

Três criaturas que me provocam ojeriza: advogados, médicos e psicólogos. Já tive maus momentos com todos eles, e agora, mais uma vez, minha vida está sob os auspícios de um dos odiados espécimes, o psicólogo – sujeitinho meio pretensioso que se julga capaz de conhecer melhor a um indivíduo do que ele próprio, ou mesmo sua mãe, em apenas meia dúzia de consultas. Claro, sempre partindo do princípio de que todos têm algum problema e que, quando não encontrado, é engenhosamente inventado (conhecimento de causa).

Desenhei uma casinha, um homenzinho e uma arvorezinha, fiz risquinhos em uma folha em branco, analisei figuras geométricas e me apresentei como a pessoa absolutamente normal que acredito ser em um pequeno questionário pessoal. Aguardo agora uma entrevista que vai durar alguns minutos marcada para os próximos dias e o exame psicotécnico estará completo. Com essas parcas informações o tal sujeitinho vai tentar analisar os mais de 500 candidatos do concurso e fazer, se achar necessário, cortes - sem ter de prestar contas a ninguém de sua fatídica decisão. É uma bela responsabilidade essa, a do sujeitinho. E estaria mentindo se dissesse que não estou apreensivo.

Acho que deveria ter caprichado mais no desenho da arvorezinha...