
MST WATCH – Imunidade Ideológica
Deu na Zero Hora: La guerrilla, pela enésima vez, tentou uma invasão da fazenda produtiva (de acordo com o próprio INCRA) de Coqueiros do Sul, causando mais estragos e atentando contra o ordenamento jurídico sem que as autoridades pudessem (ou não quisessem) impedir.
Como disse uma das líderes do movimento durante outra invasão da fazenda, “não está na pauta se esta propriedade é produtiva” - e nem se ela paga impostos, emprega gente e produz riqueza. Não importa. A rigor, nunca importou, pois invasões em terras produtivas é a regra desde sempre no movimento - mas tempos atrás a reforma agrária, pelo menos em tese, parecia justificar as ações violentas. O MST, aos poucos, vai deixando cair a máscara, através do discurso de seus líderes e de suas ações, e expondo a quem quiser ver o verdadeiro objetivo do movimento: a substituição do Estado democrático de Direito pelo Estado policial socialista, através da luta armada se necessário.
E a polícia? Porque não age quando um grupo armado a desafia, desafia o ordenamento jurídico? É fácil entender. Se o comandante, no exercício legal de sua profissão, dá ordem de dispersar a turba violenta, e ela não o faz (vez ou outra é o que acontece), estará impedido de o fazer pelo meio da força, sob pena de ser condenado e amargar na prisão (não há se duvidar que o judiciário é ideologicamente contaminado). Além, é claro, de transformar bandidos em mártires e fortalecer o movimento – é algo como um beco sem saída. Disso tudo resulta a absoluta impunidade do grupo protoguerrilheiro, que pode empunhar facas, facões, foices, enxadas e eventuais revólveres e espingardas contra policiais em um campo de batalha com a certeza de que nada vai lhes acontecer. Qualquer pobre cidadão que fizer o mesmo irá direto para cadeia, mas não os militantes da “Causa Verdadeira”. É a "imunidade ideológica" uma realidade em nosso país. Enquanto isso, nos centros urbanos, o policiamento é enfraquecido e a sociedade mais exposta à crescente criminalidade, já que parte do contingente policial é desviado para “combater” no interior.
E o grito de guerra? Dessa vez puxado por um grupo de crianças e adolescentes que perfaziam a linha de frente do protesto (que belo escudo, hein?) empunhando armas brancas foi “Brasil, Cuba, América Central. A luta pelo socialismo é internacional”. Não faltou nem a bandeira cubana...
Foto: ferramenta para labuta ou arma para guerrilha? O policial degolado em POA em 1990 deixa margem para dúvidas.