quinta-feira, abril 20, 2006


MST WATCH – Imunidade Ideológica

Deu na Zero Hora: La guerrilla, pela enésima vez, tentou uma invasão da fazenda produtiva (de acordo com o próprio INCRA) de Coqueiros do Sul, causando mais estragos e atentando contra o ordenamento jurídico sem que as autoridades pudessem (ou não quisessem) impedir.

Como disse uma das líderes do movimento durante outra invasão da fazenda, “não está na pauta se esta propriedade é produtiva” - e nem se ela paga impostos, emprega gente e produz riqueza. Não importa. A rigor, nunca importou, pois invasões em terras produtivas é a regra desde sempre no movimento - mas tempos atrás a reforma agrária, pelo menos em tese, parecia justificar as ações violentas. O MST, aos poucos, vai deixando cair a máscara, através do discurso de seus líderes e de suas ações, e expondo a quem quiser ver o verdadeiro objetivo do movimento: a substituição do Estado democrático de Direito pelo Estado policial socialista, através da luta armada se necessário.

E a polícia? Porque não age quando um grupo armado a desafia, desafia o ordenamento jurídico? É fácil entender. Se o comandante, no exercício legal de sua profissão, dá ordem de dispersar a turba violenta, e ela não o faz (vez ou outra é o que acontece), estará impedido de o fazer pelo meio da força, sob pena de ser condenado e amargar na prisão (não há se duvidar que o judiciário é ideologicamente contaminado). Além, é claro, de transformar bandidos em mártires e fortalecer o movimento – é algo como um beco sem saída. Disso tudo resulta a absoluta impunidade do grupo protoguerrilheiro, que pode empunhar facas, facões, foices, enxadas e eventuais revólveres e espingardas contra policiais em um campo de batalha com a certeza de que nada vai lhes acontecer. Qualquer pobre cidadão que fizer o mesmo irá direto para cadeia, mas não os militantes da “Causa Verdadeira”. É a "imunidade ideológica" uma realidade em nosso país. Enquanto isso, nos centros urbanos, o policiamento é enfraquecido e a sociedade mais exposta à crescente criminalidade, já que parte do contingente policial é desviado para “combater” no interior.

E o grito de guerra? Dessa vez puxado por um grupo de crianças e adolescentes que perfaziam a linha de frente do protesto (que belo escudo, hein?) empunhando armas brancas foi “Brasil, Cuba, América Central. A luta pelo socialismo é internacional”. Não faltou nem a bandeira cubana...

Foto: ferramenta para labuta ou arma para guerrilha? O policial degolado em POA em 1990 deixa margem para dúvidas.

terça-feira, abril 18, 2006



MST WATCH - O Padre, o Sem-Terra e a Autoridade Moral

D. Balduíno manda Aracruz “calar a boca”, diz que teme“a volta da direita” e chama o MST de “força patriótica”

14h23 — O conselheiro da Comissão Pastoral da Terra (CPT), dom Thomaz Balduíno, afirmou nesta terça que a eleição do tucano Geraldo Alckmin à Presidência representaria “a volta da direita” ao poder, o que suscitaria, segundo ele, temor entre bispos e movimentos sociais e resultaria no apoio de muitas entidades à reeleição do presidente Lula. O bispo foi além e afirmou que a Aracruz Celulose, empresa que teve um laboratório e um viveiro de mudas destruídos por integrantes do MST neste ano, deveria “calar a boca”. “A Aracruz não tem autoridade moral. Ela praticou anos de violência e secou 1,5 mil nascentes. Ela deveria calar a boca”. Dom Balduíno participou do lançamento da publicação Conflitos no Campo - Brasil 2005. Sobre denúncias contra o MST, disse suspeitar que existam “agentes infiltrados” da polícia militar produzindo esse tipo de informação. “Não é um movimento que a gente possa canonizar, mas é a grande força patriótica do país”, disse
. Primeira Leitura

O que é pior: ver o mundo espiritual intervir em política secular, ver o mundo espiritual flertar com o comunismo ou ver o mundo espiritual colocar o MST como a grande força patriótica do país? Ou, ainda, ver um padre falar em autoridade moral?

Foto: Autoridade religiosa, política e moral: em que outro lugar teremos esse maravilhoso 3 em 1?

segunda-feira, abril 17, 2006


Para Além do Discurso

"Nós somos socialistas, nós somos inimigos do atual sistema econômico capitalista para a exploração dos economicamente fracos, com seus salários injustos, com sua indecorosa avaliação do ser humano de acordo com a riqueza e a propriedade em vez de sua responsabilidade e desempenho, e nós estamos todos determinados a destruir esse sistema sob todas as condições."

Adolf Hitler, discurso de Primeiro de Maio de 1927.