sábado, agosto 19, 2006


Punk? Pogues!!

Estou aqui em POA fuçando em arquivos velhos do computador velho e encontro uma belíssima coletânea de irish drinking songs do Pogues, Mahones, Tossers, Dubliners e mais umas merdas que nem lembrava! IH-HAAAA!!!

Apresentação com o Shane Macgowan e seus dentes podres completamente borracho e desafinado. É o espírito, é o espírito! Body of an American

A long time ago, way back in history,
When all they had to drink was nothing but cups of tea,
Along came a bloke by the name of Charlie Mopps,
And he invented a wonderful drink and he made it out of hops (hops hops hops hops, etc).

He ought to have been an Admiral, a Sultan or a King
And to his praises we shall always sing.
Look what he has done for us: he's filled us with good cheer.
God bless Charlie Mopps, the man who invented beer.
(...)

Juiz porra-lôca

Um ex-juiz de Bristow (Oklahoma) foi condenado nesta sexta-feira a quatro anos de prisão por exibicionismo, após ter sido declarado culpado por se masturbar com uma bomba de alargamento peniano durante as audiências que conduzia”.

A demência humana me diverte!

quinta-feira, agosto 17, 2006



A censura da companheirada

O tema “eleições” não é exatamente o que mais me interessa. É um porre, pra falar a verdade. Mas de quando em quando acontece alguma palhaçada digna de nota. É o caso da ONG Transparência Brasil que recentemente lançou a campanha “não vote em mensaleiro e sanguessuga” e que por isso foi agraciada com uma notícia-crime promovida pelo PT. A entidade nem ao menos expõe algum partido, apenas sugere o óbvio: que o eleitor evite candidatos corruptos ou suspeitos de corrupção e divulga uma lista com dados biográficos dos indiciados. O PT, por algum motivo, se sentiu agredido com tal despeito. A companheirada também pediu uma liminar para retirar o conteúdo da campanha do ar - a saber, os nomes dos envolvidos. Só eu sinto cheiro de merda nessa trama?

Pois então, o Tosco Way compra a briga e endossa a campanha: NÃO VOTE EM MENSALEIRO E SANGUESSUGA!

Em breve pretendo publicar aqui a lista dos envolvidos nos escândalos ou pelo menos disponibilizar um link para a tal lista, já que ela não é pequena - oh céus, oh vida.

Notícia da Folha sobre o caso.

quarta-feira, agosto 16, 2006


Com bandido não se negocia

Hoje os jornais do mundo noticiam que o Irã e a Síria acreditam que a trégua no Oriente Médio é vitória do grupo terrorista Hezbollah. Eu concordo. Uma das máximas que carrego comigo é justamente “com bandido não se negocia” – quando acontece é porque o bandido realmente venceu.

Coisa de meses atrás quando Israel desocupou, sob os auspícios de Sharon, algumas regiões onde mantinha colônias, a ação não foi considerada um ato de boa-fé em favor da paz pelos árabes, mas como um ato de fraqueza a ser explorado. Logo depois desse fato o grupo radical Hamas venceu as eleições na Palestina.

Enquanto a Alemanha pré-Segunda Guerra se armava até os dentes e quebrava todos os acordos firmados anteriormente, o resto da Europa, e principalmente a Inglaterra, faziam vistas grossas em nome da manutenção de uma paz ilusória. Não tardou até o demente de bigode quadrado tocar o terror para além de suas fronteiras.

Existem exemplos mais próximos sobre a validade dessa máxima. Quando nosso governo cede às pressões de uma organização criminosa como o PCC ele está barganhando com bandidos. Tal medida longe de enfraquecer o poder e a influência dessa bandidagem o faz aumentar assustadoramente. A respeito disso alguns consideraram a relativa paz do último domingo em SP um indício de que o grupo conseguiu tudo o que queria. O Estado se dobrou às vontades da criminalidade.

Mesmo com todas as justas reservas para com a forma como Israel vinha tocando a campanha militar, o fato de aceitarem um cessar fogo nesse momento só faz fortalecer o movimento radical naquela região. O tempo vai ser muito bem empregado pelo terror para se rearmar com seus simpatizantes na região, que todos sabem quem são, e voltar à carga quando for conveniente. E os fins nucleares do Irã, todos o sabem também, são puramente pacíficos. A moral da história é bem clara: terrorismo funciona perfeitamente.

Enfim, aos inimigos não se dá trégua nem quartel, como diriam os gaúchos de outrora.

Foto: O homem que enterrou o caudilhismo nessas plagas sulistas. Digam o que disserem, ele tirou o estado da Idade Média e permitiu o desenvolvimento da civilização, além de ser fervoroso partidário da máxima trabalhada nesse tópico. É o nosso Sarmiento.

terça-feira, agosto 15, 2006



O mais novo "movimento social"

Comunicado oficial do PCC:

"Como integrante do Primeiro Comando da Capital, o PCC, venho pelo único meio encontrado por nós para transmitir um comunicado para a sociedade e os governantes.

A introdução do Regime Disciplinar Diferenciado [RDD] pela Lei 10.792/2003, no interior da fase de execução penal, inverte a lógica da execução penal. E coerente com a perspectiva de eliminação e inabilitação dos setores sociais redundantes, leia-se 'a clientela do sistema penal', a nova punição disciplinar inaugura novos métodos de custódia e controle da massa carcerária, conferindo à pena de prisão o nítido caráter de castigo cruel.

O Regime Disciplinar Diferenciado agride o primado da ressocialização do sentenciado vigente na consciência mundial desde o ilusionismo (boa essa!) e pedra angular do sistema penitenciário, a LEP.
Já em seu primeiro artigo, traça como objetivo do cumprimento da pena a reintegração social do condenado, a qual é indissociável da efetivação da sanção penal. Portanto, qualquer modalidade de cumprimento de pena em que não haja constância dos dois objetivos legais --castigo e a reintegração social--, com observância apenas do primeiro, mostra-se ilegal, em contradição à Constituição Federal.


Queremos um sistema carcerário com condições humanas, não um sistema falido, desumano, no qual sofremos inúmeras humilhações e espancamentos.

Não estamos pedindo nada mais do que está dentro da lei. Se nossos governantes, juízes, desembargadores, senadores, deputados e ministros trabalham em cima da lei, que se faça justiça em cima da injustiça que é o sistema carcerário, sem assistência médica, sem assistência jurídica, sem trabalho, sem escola, enfim, sem nada.

Pedimos aos representantes da lei que se faça um mutirão judicial, pois existem muitos sentenciados com situação processual favorável, dentro do princípio da dignidade humana.
O sistema penal brasileiro é, na verdade, um verdadeiro depósito humano, onde lá se jogam seres humanos como se fossem animais.


O Regime Disciplinar Diferenciado é inconstitucional. O Estado Democrático de Direito tem a obrigação e o dever de dar o mínimo de condições de sobrevivência para os sentenciados. Queremos que a lei seja cumprida na sua totalidade. Não queremos obter nenhuma vantagem.
Apenas não queremos e não podemos sermos [sic] massacrados e oprimidos. Queremos que, um, as providência sejam tomadas, pois não vamos aceitar e não ficaremos de braços cruzados pelo que está acontecendo no sistema carcerário.


Deixamos bem claro que nossa luta é contra os governantes e os policiais. E que não mexam com nossas famílias que não mexeremos com as de vocês. A luta é nós e vocês.”.


O modus operandi para divulgar o texto acima não é exatamente uma novidade, tampouco seu conteúdo - é a esquerda brasileira fazendo escola.