sábado, outubro 21, 2006


Professorinha ninja

Abro a ZH e lá está, ocupando um bom pedaço da página, a foto de uma mulher com a cabeça totalmente coberta por um véu escuro que mais parece uma máscara ninja, apenas os olhos aparecem. Deve se tratar de um desses imigrantes que não aceitam o fato de que não estão vivendo em suas terras e, ao invés de se adaptarem, preferem adaptar o país que os acolheu. Sempre sob as mais justas e honestas alegações multiculturais. Obviamente, seu país de origem nem sempre é tão compreensivo com estrangeiros. O tal multiculturalismo só é válido em terras ocidentais...

No caso em questão a mulher é uma professora que foi suspensa por se negar a retirar o véu durante as aulas. Ela, é claro, se diz vítima de discriminação. A escola onde a mulher ministra as aulas alega que as crianças não conseguem entender o que ela fala. Deve ser verdade, uma vez que a boca está tapada e o contato visual quase inexiste. É uma questão prática. A ZH diz que a mulher ganhou a ação e eu, não acreditando muito, resolvi fazer uma rápida busca. Não ganhou não. Perdeu. Mas ganhou uns trocados para não incomodar muito. Esse problema com imigrantes muçulmanos que alegam discriminação sempre que querem algum tratamento diferenciado me lembra nossa situação com os negros.

Na Itália a coisa está pior. Lá as mulheres já conquistaram seu sagrado direito de caminhar sob o peso de um burka pelas ruas. E parece que conseguiram também permissão para tirar fotos para carteira de identidade com o rosto coberto pelo véu. Agora, qual a validade desta identidade cujo rosto não é mostrado eu nem imagino. Há de se considerar também o interessante costume que os imigrantes alimentam de não misturar sua prole com os infiéis, fazendo com que estudem em mesquitas até adolescência. Nem é preciso dizer que o ensino do século XII causa certa dificuldade de entrosamento entre jovens fiéis e infiéis. Algumas entidades muçulmanas ainda pregam que os imigrantes islâmicos devem prestar juramento e obediência somente a sharia, lei islâmica, e não às leis locais.

Os benefícios do tal multiculturalismo se manifestaram em Paris, ano passado.

Imagem: Imagine-se tendo aulas com aquela simpática criatura. E é bom gostar, do contrário leva a pecha de preconceituoso e racista.

quarta-feira, outubro 18, 2006


O Império da Arbitrariedade II

Em fins do século XV o mundo desconhecido foi divido entre as duas maiores potências da época, as ibéricas Espanha e Portugal. O ato foi sancionado pelas forças espirituais de origem divina representada por um infalível papa, que por sinal também era espanhol. Reparem no detalhe: houve uma preocupação, por mais cretina que fosse, em se buscar uma legitimidade para o ato.

Século XXI. Estados Unidos da América. Bush pretende tornar o espaço sideral algo como um território sob administração americana, permitindo ou não a entrada de quem quer que deseje (ou consiga) por ali viajar. Reparem no detalhe: não existe preocupação de se buscar qualquer legitimidade. E eles não estão nem ao menos dividindo com alguém.

Imagem: John Wayne, by Sebastian Kruger

terça-feira, outubro 17, 2006


King Kong-Il em pé de guerra

A última do Querido Líder King Kong-Il é acusar a ONU (?!?!) de declarar guerra à República Popular Democrática da Coréia do Norte(*) em vista das sanções que proíbem a entrada de armas pesadas no país. E o pior que não falta gente mundo afora para defender a “soberania nacional” de totalitarismos genocidas (pesquise sobre o regime na Coréia, China e antiga URSS). Essa bandeira da democratização nuclear é das coisas mais desprovidas de racionalidade que pode existir.

Pergunta freqüente: “então tu é a favor dos EUA terem bombas e o resto não?” Não, a rigor eu não sou a favor de ninguém ter bombas atômicas, de hidrogênio ou coisas do tipo. Mas é difícil convencer os que as têm a abrir mãos dessas belezinhas, então milito (termo pavoroso) contra “novas aquisições”, principalmente por regimes totalitários, instáveis e/ou miseráveis. Ou seja, sou contra o Brasil, Venezuela (principalmente), Bolívia, Irã, Burundi, Serra Leoa, Jamaica, Haiti e Moçambique terem seus monstrinhos de destruição em massa. Fico imaginando um líder comunista latino-americano meio lunático, ou um demente rei tribal africano, ou um guru espiritual asiático, ou um psicótico aiatolá iraniano, todos com suas bombinhas nucleares e, seilá porque, não me sinto muito confortável.

Antes o líder eleito democraticamente de uma nação desenvolvida e estável, que deve prestar contas a sua nação com o dedo no botão vermelho do que um déspota alucinado com idéias megalômanas de dominação global que se considera um semi-Deus sobre duas pernas.

(*) Toda maldita ditadura comunista prima por um nome glorioso, "República Democrática disso", "República Popular daquilo" ou, como no caso norte coreano, ambos. Deve ser duplamente duvidoso. Lembra aquele filme com o Nicolas Cage, Senhor das armas, cujo protagonista lá pelas tantas larga esta pérola: "Freedom fighters .. Every faction in Africa call themselves with these noble names .. Liberation This, Patriotic That, Democratic Republic of Something Rather .. Often the most barbaric atrocities occur when they call themselves freedom fighters"

Imagem: Cox and Forkum

segunda-feira, outubro 16, 2006


A vez de Kim Jong-il

Bueno, eu não canso de dizer que uma das principais armas da civilização é o.. bom humor! Ultimamente ele vem causando mais estragos do que a política externa “estadunidense”. Quem o diga os cartunistas dinamarqueses. Agora os humoristas viraram suas baterias contra o Querido Líder Camarada Generalíssimo Nascido na Montanha Sagrada - Kim Jong-Il, líder da superpotência subdesenvolvida detentora de tecnologia nuclear obsoleta República Democrática Popular da Coréia do Norte.

O vídeo vale uma olhadela.